Arrogante Superliga quer acabar com a zebra, a delícia do futebol
Se você estiver andando pela rua e perceber no décimo andar de um prédio um louco com um guarda-chuva na mão dizendo que vai pular, certamente você pensará: "Xii, isso não vai dar certo…".
Pois, creiam, é mais ou menos essa a sensação que estou tendo acompanhando as novidades que vêm da Europa sobre essa tal Superliga, reunindo os "grandões" da Inglaterra, da Espanha e da Itália, que terão "cadeira cativa" no arrogante torneio, excluindo equipes de menor expressão.
Bem, e acho que a estapafúrdia ideia não irá para frente por dois motivos.
Primeiro, por causa da forte repercussão negativa no mundo da bola.
Praticamente ninguém apoiou a iniciativa!
E também pelo fato de a UEFA e FIFA estarem agora ameaçando os jogadores que participarem do torneio, afirmando que, assim, eles não poderiam disputar a Eurocopa ou a Copa do Mundo por suas seleções.
Ou seja, essa Superliga parece que terá o mesmo fim do Projeto de Lei dos deputados cariocas que queriam tirar Mário Filho e rebatizar o Maracanã com o nome de Pelé: gaveta, arquivo morto!
Mas, e se, contra tudo e contra todos, os 12 clubes conseguirem realizar pelo menos uma edição deste torneio?
Digo com toda a certeza que ele teria vida curtíssima!
É claro, gente, porque essa elitista Superliga não sacou ainda que este modelo idealizado por ela "mata" o principal ingrediente que fez e faz do futebol o esporte mais popular do planeta: a ZEBRA.
A zebra é a grande delícia e o oxigênio da bola!
Sem ela, o esporte bretão morre sufocado!
Ora, e só existe time grande porque tem também time médio e pequeno.
E isso tudo remete àquela máxima segundo a qual "o que seria dos feios se todo mundo fosse bonito?".
Portanto, podem anotar: esse delírio não irá para frente, pois excluir a zebra é o mesmo que sufocar o futebol.
Agora só falta alguém inventar uma Superliga no Brasil apenas com times de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
Aí, só de raiva, mudo para Havana ou para Caracas (risos).
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