Enéas, assim como Ademir da Guia, foi melhor que Cruyff, mas não avisou!
Milton Neves
18/03/2021 11h21
Foto: Divulgação
Costumo dizer em minhas "milhões" de tribunas, à exaustão, que Ademir da Guia foi melhor que o holandês Johan Cruyff, mas o craque humilde que começou no Bangu, melhor camisa 10 da história do Palmeiras, "esqueceu-se de avisar".
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Pois bem, assim como o "Divino", o saudoso Enéas de Camargo(1954-1988), que hoje completaria 67 anos, o melhor camisa 8 da história da Portuguesa de Desportos, também foi melhor que Cruyff, mas também era calado e isso atrapalhou.
É preciso "gritar", por isso a galinha domina o mercado dos ovos no mundo!
Já a pata, cujo ovo é bem melhor, bota caladinha…
Por isso é raro encontrarmos ovos de pata no comércio…
Enéas, já em fim de carreira, sofreu um grave acidente automobilístico com seu Monza no dia 22 de agosto de 1988, na Avenida Cruzeiro do Sul, zona norte de São Paulo.
E, à época, correu a história, verdadeira, de que Enéas tinha consigo boa quantia de dinheiro de luvas que acabara de receber e este dinheiro foi furtado.
Enéas morreu quatro meses depois, no dia 27 de dezembro, após ficar em coma, em decorrência de uma broncopneumonia, com apenas 34 anos de idade.
Seus amigos, jogadores de futebol, promoveram um jogo beneficente para ajudar nas despesas hospitalares, muito elevadas, durante o tempo em que ele esteve internado em São Paulo.
Se tivesse sobrevivido, Enéas não voltaria a jogar futebol em razão de uma lesão cervical, constatada em exames. No ano de sua morte ele defendia a equipe da Central Brasileira de Cotia.
Depois de sua brilhante passagem pela Portuguesa, defendeu as equipes italianas do Bologna (1980-1981) e Udinese (1981). De volta ao Brasil, jogou pelo Palmeiras, XV de Piracicaba, Juventude, Atlético Goianiense, Desportiva (ES), Operário de Ponta Grossa e Central Brasileira de Cotia, este o último clube que defendeu, em 1988.
Uma grave contusão no joelho, sofrida quando jogou na Itália, o impediu de reeditar no Palmeiras os bons momentos que viveu no Canindé.
Ainda assim marcou 28 gols pelo Alviverde. Na Portuguesa os números de Enéas são impressionantes, sobretudo considerando-se que Enéas era um meia-direita: foram 179 gols em 376 jogos disputados.
Atuou em três jogos pela seleção brasileira, tendo marcado um gol (contra o Paraguai, no empate em 1 a 1, disputado em 7 de abril de 1976. Ainda jogou por quatro vezes pela seleção olímpica e também marcou um gol, na vitória por 1 a 0 contra o Peru, em 11 de dezembro de 1971.
Querido Enéas, uma pena, que assim como Ademir da Guia, você tenha "se esquecido" de avisar que era craque!
Mas, nós que entendemos um pouquinho dessa "bagaça", sabemos que você foi bom demais!
Milton Neves é jornalista profissional diplomado, publicitário, empresário, apresentador esportivo de rádio e TV, pioneiro em site esportivo no Brasil, 1º âncora esportivo de mídia eletrônica do país, palestrante gratuito de Faculdades e Universidades, escrivão de polícia aposentado em classe especial, pecuarista, cafeicultor e é empresário também no ramo imobiliário.
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