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Milton Neves

Chamar o Fla de octa é puro puxa-saquismo crônico!

Milton Neves

26/02/2021 16h55

Sport: o legítimo campeão brasileiro de 1987!

A coisa mais fácil no Brasil é agradar o chamado eixo Rio-São Paulo.

E não é só na bola, não. 

Na economia, na cultura, na política e até no desimportante futebol. 

E na história do futebol brasileiro a segregação regional vem desde os tempos em que era "proibida" a convocação de craques para a seleção brasileira que não habitassem São Paulo, a Vila Belmiro e o Estado da Guanabara. 

Aliás, um nome lindo que deveria voltar. 

E a atroz perseguição aos exemplares jogadores de fora do "eixo" sempre persistiu. 

Até 1966, quando Alcindo e Tostão ousaram ir à Copa da Inglaterra. 

Antes, gênios como Chinesinho, Vavá, Dequinha, Gessy, Babá, Manga, Valdir Joaquim de Moraes, Airton Pavilhão (o melhor camisa 3 da história), Tesourinha, Ênio Andrade e o saudoso carioca Larry Pinto de Faria (então radicado no Sul), tiveram que migrar para o Maracanã e Pacaembu. 

Mas Larry, em cima da hora, negou-se a deixar Porto Alegre. 

Este "fato" provocou o êxodo regional de grandes jogadores até para a Portuguesa e para o América do Rio porque o importante era ter visibilidade jogando contra Palmeiras, São Paulo, Santos, Corinthians, Flamengo, Fluminense e Botafogo.

Mas, e daí?

Daí que vimos DE NOVO o não paulista e não carioca Internacional-RS sendo operado no final do Brasileirão de 2020. 

Aliás, como vergonhosamente também foi em 2005, um escândalo! 

Ora, quinta-feira o Inter "enfrentou" 11 jogadores e dois árbitros em estádios diferentes. 

Mal escalado para um jogo grande, o pequeno Rodolpho Toski Marques medrou no Morumbi. 

Um árbitro assustado pelo tamanho do jogo, Rodolpho se apequenou na hora do pênalti escandaloso e claro para o São Paulo no 0 a 0. 

Culpa do mureteiro Leonaro Gaciba, péssimo escalador. 

E no Beira-Rio?

Ramiro cortou a bola com o braço e o pênalti depois foi anulado. 

E o gol que seria do título do Inter?

O gigante e ótimo Cássio soltou a bola com mão de chicória, o colorado Abel Hernandéz nem tocou nele e ainda por cima sofreu pênalti do zagueiro Gil, que o empurrou pelas costas.

Ali, era para ser aplicada a lei do basquete.

Ou seja, gol do Inter e pênalti de lance-livre para o Colorado, como bonificação. 

O claríssimo pênalti de Gil em Abel. Um absurdo!

E aí o comum Flamengo atual ganhou de presente o Brasileirão que os tontos do São Paulo, do Galo e do Inter deixaram escapar. 

Mas o Inter foi no apito!

Mas o pior foi no pós-jogo!

Torcedores, analistas, mureteiros ou puxa-sacos relataram, escreveram e garantiram que o Flamengo era Octacampeão Brasileiro. 

Octa p… nenhuma! 

Ora, uma grande mentira! 

Uma eterna fake news! 

87 é, foi e sempre será só do Sport do Recife. 

Só que, como é fácil fazer média com a "Nação Rubro-Negra", inventaram esse nojento e mentiroso octa. 

Para mim, aliás, é só hexa, porque 1983 foi no apito também!

Certo, Pita?

Certo, zagueiro Marinho?

Certo, Arnaldo?

Aquilo não podia, viu, Arnaldo Cezar Coelho?

No 0 a 1, jogando pela igualdade, o Santos converteria pênalti com Serginho, acredito, e o empate era "nosso"!

Então, agora em 2021, puxa-sacos da maior torcida terceirizada do Brasil resolveram fazer média contra o "coitado" do nordestino Sport, legítimo e único campeão brasileiro de 1987.

Até o STF assim decidiu sob a pena do flamenguista Marco Aurélio Mello. 

Hipócritas, raciocinem que o mascarado, soberbo e metido do Flamengo não aceitou disputar a final do Brasileiro de 87 contra o Sport.

E o então endividado do Flamengo deixou de ganhar fortunas nos dois jogos no Maracanã e na Ilha do Retiro e ficou também sem duas goleadas certas que aplicaria no time recifense. 

Mas vocês acham que os "Reis do Rio" iriam "se humilhar" perante o "plebeu" de Pernambuco? 

Quebraram a cara, choram até hoje e perderam até a disputa da Libertadores de 88 que poderiam ganhar com Zico e cia. 

Façamos justiça, gente! 

Todos os torcedores, a opinião pública, os jornalistas top ou eventualmente até mesmo péssimo ex-analista em inatividade têm que respeitar o que é oficial e não navegar nas águas do conflito barato. 

E viva o Sport-87, eterno! 

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Sobre o autor

Milton Neves é jornalista profissional diplomado, publicitário, empresário, apresentador esportivo de rádio e TV, pioneiro em site esportivo no Brasil, 1º âncora esportivo de mídia eletrônica do país, palestrante gratuito de Faculdades e Universidades, escrivão de polícia aposentado em classe especial, pecuarista, cafeicultor e é empresário também no ramo imobiliário.