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Milton Neves

Mundial-51: Palmeiras deveria enfrentar, mas decidiu 'arregar' para a Fifa

Milton Neves

05/02/2021 16h56

Muitos jovens palmeirenses não sabem, mas este que vos escreve sempre foi um dos maiores defensores de que a Copa Rio de 1951 foi, sim, um Mundial de Clubes.

Tanto que, em 2001, o próprio clube, quando das festividades dos 50 anos da conquista, presenteou com uma medalha comemorativa os jogadores que foram campeões no Maracanã, dois jornalistas palmeirenses, Joelmir Beting e Boris Casoy, e um santista que "pouca gente" conhece, chamado Milton Neves.

E por que eu fui digno de tal homenagem?

Foi por gratidão do presidente Musfafá Contursi ao então apresentador do "Gol" e do "SuperTécnico" da TV Bandeirantes.

Porque foi ali, na Band e nesses dois épicos programas, que começou a luta para se reconhecer o Mundial verde de 1951.

A medalha que recebi do Palmeiras em 1951

 

Fábio Crippa, goleiro na conquista palmeirense, ladeado pelo santista Milton Neves (esq) e pelo palmeirense Joelmir Beting

Por isso, não tenho como esconder que fiquei extremamente desapontado com a postura que o Palmeiras assumiu lá no Catar, onde está sendo disputado o Mundial de 2020.

De acordo com o amigo Paulo Vinicius Coelho, meu ouvinte desde jovenzinho, o Verdão decidiu não tocar no assunto lá no Oriente Médio.

Ora, gente, e o Palmeiras vai "arregar" justo agora, que está cara a cara com a entidade máxima do futebol?

Justo agora que era a hora de bater "com aquilo" na mesa e insistir pelo tardio reconhecimento por parte da entidade?

Agora era hora de uma campanha maciça, com ações promovidas pelo clube com os seus importantes jogadores engrossando o coro.

E não de "refugar" para "não desagradar" a poderosa Fifa.

Faltou coragem aos atuais cartolas palestrinos.

Lamentável…

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Sobre o autor

Milton Neves é jornalista profissional diplomado, publicitário, empresário, apresentador esportivo de rádio e TV, pioneiro em site esportivo no Brasil, 1º âncora esportivo de mídia eletrônica do país, palestrante gratuito de Faculdades e Universidades, escrivão de polícia aposentado em classe especial, pecuarista, cafeicultor e é empresário também no ramo imobiliário.