O maravilhoso Flamengo de Jesus foi mero acidente de percurso
O futebol brasileiro não vive seus melhores momentos nas últimas décadas.
E falar isso é chover no molhado.
Por isso, a disputa entre os nossos clubes é sempre tão acirrada.
E isso torna praticamente impossível um time alcançar temporadas seguidas de hegemonia por aqui.
Quem mais se aproximou disso foi o São Paulo de 2006 a 2008.
O Cruzeiro, hoje em péssimos lençóis, também ensaiou certo domínio de 2013 e 2014, mas logo foi engolido pela falta de planejamento e pela gastança desenfreada de sua gulosa diretoria.
Agora, o último clube a acreditar que alcançaria esse tal domínio foi o Flamengo.
E isso por ter conseguido seis meses fantásticos – e bota fantásticos nisso – com Jorge Jesus, quando ganhou o Brasileirão e a Libertadores de forma épica.
Depois dessas conquistas, teve rubro-negro defendendo que a equipe da Gávea deveria até disputar a Champions League, já que aqui na América do Sul não estava dando graça.
Ouvi também gente defendendo que Neymar não teria espaço na equipe flamenguista.
Ou que o camisa 10 da seleção pioraria o Mengão.
É mole?
E, por toda essa certeza de que nadaria de braçada depois das conquistas do ano passado, o Flamengo desafiou o bom senso ao forçar a barra pela volta do futebol durante a pior crise sanitária e de saúde da história do planeta.
"Não importa se mais de mil pessoas morrem por dia pela Covid-19 no Brasil, o importante é que a equipe não perca o embalo", deixou a entender nas entrelinhas.
Mas, quando a bola voltou a rolar, veio o choque de realidade.
Ainda com Jorge Jesus, o Fla venceu o Carioca com as calças nas mãos.
Sem JJ, a coisa ficou ainda pior com Domènec Torrent, o "Murtosa do Guardiola".
E nem Rogério Ceni, o melhor técnico brasileiro em atividade, conseguiu salvar a temporada flamenguista.
Agora, que venha 2021, já que o Brasileiro também parece um sonho distante.
Mas, no frigir dos ovos, a conclusão é que o maravilhoso Flamengo de 2019 foi mera obra do acaso.
Sim, Jorge Jesus passa longe de ser um Rinus Michels, como muita gente passou a defender por aqui após as taças do ano passado.
E o time é realmente maravilhoso.
Assim como eram também as equipes do Fla em 2012, em 2014, em 2017 e em 2018, quando o Rubro-Negro igualmente passou vergonha na Libertadores, ficando só no "cheirinho".
Ou seja, tudo voltou ao normal!
Bom, mas é fato também que os cartolas da Gávea precisam refletir sobre o seguinte ponto.
Fernando Diniz só está "ornando" no São Paulo agora, depois de "trocentas" bordoadas da torcida e da imprensa, inclusive minhas.
Por isso, é preciso dar tempo ao vencedor Rogério Ceni.
Só ele conseguirá espantar a sina do "cheirinho" da Gávea!
Anotem: em 2021 ele trará taças ao Mengão.
Eu garanto!
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