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Milton Neves

Será enorme gol contra se o São Paulo recorrer ao tapetão

Milton Neves

26/11/2020 09h28

Esse Ceará 1 x 1 São Paulo da última quarta-feira ainda dará muito pano para a manga…

E não pela partida em si, que foi, de fato, bem ruinzinha…

Aliás, a impressão é que o Tricolor, que poderia ter assumido a liderança provisória do Brasileiro se vencesse, só sabe "falar grosso" mesmo com o Flamengo.

Mas a polêmica do duelo, claro, aconteceu pela tremenda barbeiragem do pessoal que opera o VAR.

Sim, não tem nem como culpar o árbitro Wagner do Nascimento Magalhaes.

Ele recebeu o "ok" da equipe de vídeo e validou o gol anotado por Pablo, que teve posição de impedimento do mesmo jogador no início do lance.

E tem menos culpa ainda o auxiliar, que acertou em um segundo o que o VAR demorou "horas" para ver.

E é claro que, agora, o São Paulo tem todo o direito de ir ao STJD pedir a anulação do jogo.

E é "causa ganha", já que o árbitro realmente apitou o reinício e a equipe do Ceará colocou a bola em jogo.

Mas, como esse erro aconteceu para evitar um muito maior – um gol absurdo que estava sendo validado -, não pegaria muito mal para a imagem do São Paulo entrar com recurso pedindo essa anulação?

É direito do clube, mas é moralmente correto?

Para mim, não é moralmente correto e pegaria, sim, muito mal para a imagem do Tricolor.

E isso acabará se tornando uma grande mancha caso o São Paulo venha a ganhar o título.

Para sempre, os rivais lembrarão: "Mas também, teve que ir ao tapetão pedir a anulação de um jogo por causa de um lance que o árbitro, mesmo que por linhas tortas, acertou".

Não é verdade?

Bola para frente, Tricolor.

Por mais que seja um direito seu, no futebol é sempre melhor ganhar no campo, e não nos tribunais.

Certo?

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Sobre o autor

Milton Neves é jornalista profissional diplomado, publicitário, empresário, apresentador esportivo de rádio e TV, pioneiro em site esportivo no Brasil, 1º âncora esportivo de mídia eletrônica do país, palestrante gratuito de Faculdades e Universidades, escrivão de polícia aposentado em classe especial, pecuarista, cafeicultor e é empresário também no ramo imobiliário.