Ceni no Flamengo representa o fim da exagerada busca por técnicos gringos
Vocês, é claro, se lembram o que aconteceu com o futebol brasileiro quando Fábio Carille encaixou aquele Corinthians "quarta força" de 2017 e foi campeão brasileiro, certo?
Virou uma febre entre os clubes promover jovens auxiliares ao cargo de treinador principal, como se o Timão tivesse neste acerto lotérico encontrado a fórmula mágica do sucesso no esporte bretão.
Pois um movimento semelhante aconteceu nos últimos meses após a grande fase vivida por Jorge Jesus no Flamengo e por Jorge Sampaoli no Santos.
Depois disso, para nossos cartolas, "só técnico gringo prestava", enquanto os brasileiros eram todos "retrógrados" e "fracassados".
Aí, claro, os clubes exageraram, contratando qualquer – qualquer mesmo – profissional, desde que não fosse nascido no Brasil.
Assim, o Santos quebrou a cara com Jesualdo Ferreira, o Vasco está se dando mal com Sá Pinto e o Flamengo quase jogou a temporada no lixo com Domènec Torrent, o "Murtosa do Guardiola".
Domènec que hoje é massacrado pelos coleguinhas, mas que era muito, mas muito bajulado pelos mesmos até poucas semanas atrás.
Ah, como é bom ter uma memória formidável…
Enfim, aparentemente, o Flamengo, que iniciou esse modismo bobo por aqui, já deixou para trás essa ideia fixa.
A contratação de Rogério Ceni deixa muito claro isso.
Ceni na Gávea é a virada do treinador brasileiro contra o estrangeirismo exagerado que aconteceu neste ano por aqui.
Só Sampaoli e o lotérico Jesus deram certo.
Coudet poderia ter brilhado, mas preferiu trocar o uma linda Ferrari por um Celta.
E é bom ressaltar que eu não tenho nada contra clubes que buscaram ou que ainda vão buscar técnicos fora do país.
É que é completamente ridículo usar como pré-requisito o simples fato de o profissional ser estrangeiro.
Enquanto isso, bons e jovens nomes do nosso futebol acabaram esquecidos, como é o caso de Tiago Nunes.
Ele simplesmente não tinha como resolver todos os problemas enfrentados pelo Corinthians neste ano, por isso foi muito mal.
Tenho certeza, por exemplo, que Nunes teria muito sucesso no Palmeiras, se o clube alviverde tivesse optado por ele e não pela incógnita que é o português Abel Ferreira.
Bom, que os clubes tenham aprendido a lição.
Técnico não basta ser estrangeiro.
Tem que ser bom!
Certo?
Opine!
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