Mirem-se em Flávio Cavalcanti e não tratem intervalo comercial como inimigo
Os mais jovens não devem saber, mas, nos anos 70, Flávio Cavalcanti apresentava na TV Tupi um programa polêmico e líder de audiência que levava o seu nome.
E sempre me chamava a atenção a classe com a qual o jornalista carioca, que posteriormente trabalhou na Bandeirantes e no SBT, anunciava o intervalo.
"Nossos comerciais, por favor".
Simples, curto, direto e respeitoso.
Isso, claro, porque Flávio Cavalcanti sabia muito bem da importância do intervalo comercial para a realização de seu programa, manutenção dos funcionários da TV Tupi e, claro, pagamento de seu salário todo o mês.
Mas não é que agora nós vemos muitos apresentadores desdenhando e esnobando os parceiros de sua empregadora?
Quando dos breaks, eles estão falando quase que da seguinte forma:
"Olha, não saia daí que está vindo um monte de 'trolha'. Mas a gente já vai voltar depois desses malas".
Não pode, gente!
Não pode tratar assim quem garante o funcionamento da emissora, a manutenção dos empregos de seus colegas e o pagamento de seu salário.
Nós temos que respeitar os nossos parceiros!
O intervalo comercial é tão importante para a mídia de rádio, jornal, TV e internet quanto a água é para o peixe.
Logo, as empresas que anunciam nos veículos não podem ser tratadas como inimigas ou como se estivessem atrapalhando o andamento dos programas.
Pelo contrário, sem elas os programas não existiriam!
Victor Civita, fundador da Editora Abril, já dizia: "Eu valorizo a publicidade porque, sem ela, seria impossível manter em minhas redações os nomes importantes que fazem as melhores revistas do Brasil".
E também é um erro anunciar que vem aí "um intervalo curtinho".
Afinal, programa bom tem intervalo longo, com muitos anunciantes fortes, que garantem a qualidade da atração que está sendo apresentada.
Portanto, moçada, chega de desrespeitar os anunciantes de sua emissora de rádio ou de TV.
Mirem-se no exemplo do grande Flávio Cavalcanti.
E lembrem-se sempre que a publicidade não foi, não é e nunca será inimiga de nossos programas ou de nossas emissoras.
Ela é, sim, o oxigênio de nossos veículos de comunicação.
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