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Milton Neves

A 'pandemia do ódio' contra Luxemburgo

Milton Neves

02/10/2020 04h00

O Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo venceu o Bolívar por 5 a 0 na última quarta-feira, pela Libertadores.

"Ora, mas também, se não goleasse um time cujo principal 'jogador' é a altitude, golearia quem?", ouve-se muito por aí.

Antes, o Verdão de Luxa tinha vencido o Paulistão, desbancando na final o seu maior rival.

"Ah, mas vencer esse horroroso Corinthians é quase como ganhar por W.O.", disseram à exaustão também.

Ultimamente, a turma da "pandemia do ódio", sempre tentando enterrar Luxemburgo antes da hora, está assim.

Tipo vampiro babando sangue!!!

Quando o Verdão de Luxa empata – sim, porque perder, não perde -, é um grande absurdo.

E quando ganha, sempre é por demérito do rival, já que o Alviverde "joga feio".

Alô, turma, quer beleza?

Basta contratar Paloma Tocci, Paolla Oliveira, Larissa Erthal e Marília Ruiz.

Aliás, a sensação é de que, se o Palmeiras tivesse empatado com o Bolívar, Luxemburgo seria condenado à cadeira elétrica.

Se tivesse perdido, iriam queimá-lo em praça pública, como Joana d'Arc.

Vanderlei Luxemburgo é o único técnico DO MUNDO que tem a "obrigação" de ganhar TODOS os jogos.

E por goleada.

Sob pena de ser chamado sempre de superado, como os azedos o definem há anos desde quando começou sua belíssima carreira no Espírito Santo.

Existe hoje claramente no Brasil uma "pandemia de ódio" contra Luxemburgo (com o perdão do termo escolhido, já que muitas famílias estão sofrendo no Brasil e no mundo com a verdadeira, triste e cruel pandemia).

A moda, que se espalha rapidamente entre os intelectuais da bola, é ser contra o "Pofexô".

"Ele representa o atraso e a decadência do nosso futebol", defendem por aí.

Enquanto isso, os queridinhos dos mesmos parecem ter licença para pagar mico e jamais são incomodados por eles.

Tipo Fernando Diniz.

Ah, e os detratores, quando detonam os empates do Verdão, só esquecem de dizer que hoje em dia Luxemburgo não conta no Allianz Parque com as seleções que tiveram Mano Menezes e Felipão anos atrás.

E também não lembram que ele lançou para valer os garotos Gabriel Veron, Gabriel Menino, Patrick de Paula e Wesley, as grandes bênçãos na vida do Palmeiras nesta temporada.

E esses moleques hoje valem ouro, diamante e esmeralda para o Palestra.

Parabéns ao Luxa pela coragem.

Então chega de azedume, gente!

Chega dessa perseguição!

Chega dessa "pandemia do ódio" contra Luxemburgo!

E jamais torçam contra ou desejem o mal de alguém, porque o mal sempre acaba revertendo.

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Sobre o autor

Milton Neves é jornalista profissional diplomado, publicitário, empresário, apresentador esportivo de rádio e TV, pioneiro em site esportivo no Brasil, 1º âncora esportivo de mídia eletrônica do país, palestrante gratuito de Faculdades e Universidades, escrivão de polícia aposentado em classe especial, pecuarista, cafeicultor e é empresário também no ramo imobiliário.