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Milton Neves

Caçando pelo em ovo, VAR só fortalece campanha anti-tecnologia

Milton Neves

04/09/2020 09h36

Estou cansado de escrever e dizer por aí que o Atlético-MG é o time mais roubado da história do futebol mundial ao lado da Portuguesa e da União Soviética.

Concorda, Flamengo?

Mas, gente, é claro que não dá para negar o que aconteceu ontem no Mineirão.

Esse papo de que "tem um joelho ou um fio de cabelo à frente" só serve para irritar o torcedor.

Afinal, como acreditar em algo que o olho humano não consegue enxergar?

Por isso, me ensinou o grande advogado Sergei Cobra Arbex, na Justiça, quando se tem dúvida, a decisão favorece o réu.

E assim tem que ser também na "Justiça da Bola".

Um lance como esse, repleto de dúvidas, a decisão tem que ser pró-ataque, pró-jogador que fez o gol, que é a alma do futebol.

E o VAR só arrumou sarna para se coçar, já que atleticano algum teria coragem de reclamar da validação do tento anotado por Luciano.

Então é isso, minha gente: na dúvida, vamos apoiar o gol.

Fico muito à vontade para dizer que o meu Galo foi pela primeira vez ajudado pelo apito.

E o São Paulo foi, sim, operado.

O pessoal do VAR precisa tomar muito cuidado.

Afinal, essa campanha anti-tecnologia está ganhando corpo e pode, sim, ameaçar o futuro da fundamental ferramenta dos árbitros.

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Sobre o autor

Milton Neves é jornalista profissional diplomado, publicitário, empresário, apresentador esportivo de rádio e TV, pioneiro em site esportivo no Brasil, 1º âncora esportivo de mídia eletrônica do país, palestrante gratuito de Faculdades e Universidades, escrivão de polícia aposentado em classe especial, pecuarista, cafeicultor e é empresário também no ramo imobiliário.