Abalado psicologicamente, Flamengo virou azarão na final do Carioca
Não sou o maior apreciador de voleibol do mundo, mas acredito que o esporte que se tornou extremamente popular no Brasil graças a Luciano do Valle nos ajuda a explicar como o Flamengo perdeu o favoritismo na briga pelo Campeonato Carioca.
Afinal, você já deve ter acompanhado alguma partida de vôlei em que o time favorito venceu tranquilamente o primeiro set, com boa vantagem no marcador, e fez também a sua "obrigação" no segundo set, novamente com um placar confortável.
Só que aí, no terceiro set, quando tinha a chance de fechar o jogo, a equipe que nadava de braçada vai e… perde: 2 a 1.
Teoricamente, ela ainda seria a favorita, já que bastaria vencer apenas mais um período para ganhar o confronto.
Mas, geralmente, o time que ganhou o seu primeiro set se anima, leva o duelo para o tie break e tira o doce da boca da abalada equipe que estava com a vitória nas mãos.
Isso prova o quanto o psicológico é fundamental para a prática esportiva.
E é esse mesmo exemplo que eu uso para explicar o meu palpite para a final do Campeonato Carioca.
Na última quarta-feira, no Maracanã, o Flamengo tinha mais ou menos seis match points nas mãos, mas entrou em campo como se o campeonato já tivesse acabado e tomou nó tático do valente Fluminense, que conseguiu vencer o seu primeiro "set".
Agora, com o psicológico completamente abalado – e o Flu, pelo contrário, muito bem psicologicamente -, o Rubro-Negro deixou de ser franco favorito para se tornar o azarão da final do Carioca.
O pior é que duas situações extracampo podem atrapalhar ainda mais o rendimento do time nos derradeiros jogos do Estadual.
A primeira, claro, é a postura extremamente arrogante da diretoria do Flamengo, que continua tentando se igualar ao Vasco dos tempos de Eurico Miranda.
A segunda é o fato de a equipe sempre jogar com aquela dúvida: será que Jorge Jesus será o nosso técnico na próxima partida?
Por mais que o Rubro-Negro renove o contrato do português, o treinador faz questão de sempre deixar um pé quase pisando lá na Terrinha.
Essa incerteza não ajuda em nada, não é mesmo?
Portanto, para quem estava aguardando o meu palpite, quase infalível, aí está.
O Flu tinha pouquíssimas chances, mas após a bela vitória de quarta-feira, o Tricolor se tornou mais ou menos como água morro abaixo, fogo morro acima e mulher bonita quando quer namorar: ninguém segura.
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