Foto meramente ilustrativa…
Assim como ser narrador de rádio, goleiro, bandeirinha e artilheiro, ser árbitro é das tarefas mais difíceis do futebol.
Mesmo assim, o povo não perdoa quando erros inevitáveis acontecem.
Na última quarta-feira (3), publiquei neste espaço o top 5 dos melhores árbitros que eu vi.
Só que, nos comentários, em vez relembrar os acertos dos bons homens de preto, o pessoal "desceu a lenha" em quase todos eles.
Bom, então já que é assim, eu quero que vocês desabafem e me digam os piores árbitros que vocês já viram nos gramados brasileiros.
Para ajudar, fiz uma lista em ordem alfabética, que você confere abaixo, relembrando alguns erros dos mais conhecidos juízes do esporte bretão que já trabalharam nos gramados de nosso país (isso inclui alguns gringos, claro).
Nos comentários, peço que justifiquem suas respostas não necessariamente com os citados por mim, mas também com outros nomes lembrados por vocês, certo?
Então vamos lá:
Anacleto, conhecido também como Valussi, foi um dos melhores árbitros de sua geração. Mas, assim como todos os demais, também foi duramente criticado por muitas torcidas paulistas nos anos 50 e 60.
Estádio do Morumbi, 1965: Sansão, Olten Ayres de Abreu e Anacleto Pietrobom, antes de um Santos e Corinthians
Silvio Ruiz Entrevista Anacleto Pietrobom. Sansão, segura a bandeira
Da esquerda para a direita: Anacleto Pietrobom, Olten Ayres de Abreu e Sansão
Erra mais quem apita mais. Por isso, claro, Armando Marques errou muito em sua carreira, já que sempre era escalado para as decisões do futebol brasileiro. Mas seus equívocos mais gritantes foram na final do Paulista de 1973, entre Santos e Portuguesa (errou na contagem dos pênaltis), no gol legal de Leivinha que anulou na decisão do Estadual de 1971, entre Palmeiras e São Paulo, e no duelo decisivo do Brasileirão de 1974, quando tirou o gol legítimo do cruzeirense Zé Carlos contra o Vasco.
Trio de arbitragem da partida entre Brasil e seleção sergipana, em 9 de julho de 1969, dia da inauguração do Estádio Estadual Lourival Baptista, em Aracaju-SE. Armando Marques aparece ao centro. Foto enviada pelo internauta Amós Silva Menezes
Execução do hino nacional antes da partida entre Brasil e seleção sergipana, em 9 de julho de 1969, dia da inauguração do Estádio Estadual Lourival Baptista, em Aracaju-SE. Da esquerda para a direita, o primeiro é o árbitro Armando Marques, Carlos Alberto Torres é o terceiro, Pelé é o quarto, Toninho Guerreiro aparece em quinto, o sexto é Djalma Dias e Gérson é o sétimo. Foto enviada pelo internauta Amós Silva Menezes
Antes de um duelo entre as seleções do Rio e de Minas: Zózimo, o árbitro Armando Marques e Procópio
Armando Marques expulsa Pelé do gramado do Pacaembu, no jogo do "cai-cai", em que o São Paulo venceu o Santos por 4 a 1, no dia 15 de agosto de 1963. Além de Pelé, Marques mostrou cartão vermelho também para Coutinho. Na volta do intervalo, os santistas, indignados com a arbitragem, passaram a simular contusões para que a partida terminasse. Na imagem, além do Rei do Futebol e de Armando Marques, aparecem também Pepe, Bellini e o repórter Tom Barbosa, encoberto por Pelé
Na histórica imagem, o narrador Silvio Luiz, que também já foi árbitro, aparece à direita, enquanto Armando Marques está ao centro. Foto: Reprodução
O grande árbitro Armando Marques aparece nesta imagem discutindo com Pelé. Foto: Reprodução
Um dos inúmeros "entreveros" protagonizados por Armando Marques. Nesta imagem, Nilton Santos, então técnico do Botafogo, empurra o Armando Marques para o fosso do vestiário do Maracanã. Em campo, jogaram Botafogo x Atlético-MG. Foto: Divulgação
O ex-árbitro Armando Marques é entrevistado por Gegê. Foto: Arquivo pessoal
Como disse no post anterior, Arnaldo é uma das pessoas mais corretas da história do apito e do microfone. Mas ele prejudicou o Santos na final do Brasileiro de 1983, não dando pênalti de Marinho em Pita. Com aquela penalidade convertida, o Peixe teria vencido no Maraca. Mais um título que o Flamengo ganhou no apito.
Copa de 1982. Arnaldo é aplaudido ironicamente pelo atacante alemão Hrubesch após encerrar a final da competição, em Madrid
Arnaldo apitando, sorridente, a partida entre Alemanha e Inglaterra, jogo de maior rivalidade do mundo, na época
Arnaldo apitando a grande final da Copa do Mundo de 1982, partida entre Itália e Alemanha. Na ocasião, a equipe italiana, do carrasco do Brasil, Paolo Rossi, sagrou-se campeã por 3 a 1
Antes de Argentina x Chile, pela Copa América-1989: Maradona, Arnaldo Cezar Coelho e Rojas
Quarteto de transmissão da Globo na Copa das Confederações em 2013: Casagrande, Galvão Bueno, Ronaldo e Arnaldo Cezar Coelho
Arnaldo ao lado dos narradores: Silvio Luiz e Galvão Bueno, na Copa de 1998, na França. Foto: Arquivo pessoal
Sim, Amarilla não é brasileiro. Mas foi aqui que o árbitro paraguaio teve uma das suas atuações mais catastróficas. Afinal de contas, quem não se lembra daquele Corinthians x Boca de 2013?
Simon foi o melhor árbitro que eu vi. Mas não tem como negar que a torcida do Palmeiras tem certa razão na birra para com ele. Ele se atrapalhou demais naquele Fluminense x Palmeiras de 2009. Não é mesmo, Obina?
2009: escutando as reclamações do meia Diego Souza, à época, no Palmeiras, após lance polêmico envolvendo o atacante palmeirense Obina
Pouco antes do clássico goiano entre Goiás e Vila Nova, os capitães Fernandão e Túlio Maravilha ao lado de Carlos Eugênio Simon
Milton Neves, Simon e Borges, no Terceiro Tempo da Record
Mais uma transmissão da Fox Sports, em 2015. Da esquerda para a direita: Carlos Eugênio Simon, Gustavo Villani e PVC
Dulcídio não foi citado por mim na lisa dos cinco melhores que eu vi. Mas, claro, era muito, muito bom árbitro. Mas aquela expulsão do Ruy Rey eu não engoli até hoje…
Ruy Rey, atacante da Ponte Preta, sendo expulso por Dulcídio logo no início do terceiro e decisivo jogo da final do Paulista de 1977
Festa do 34º aniversário da Aceesp, em dezembro de 1975. Dulcídio Wanderley Boschilia, Milton Camargo, Dudu e José Goes
Toninho Guerreiro, César Maluco, Dulcídio Wanderley Boschilia, Mirandinha e Flecha. Encontro de grandes atacantes com o marcante árbitro
Outro árbitro gringo que teve a pior atuação de sua carreira em gramados brasileiros. Aquele Corinthians x Portuguesa de 1998 foi um dos maiores desastres da história do futebol mundial. Coitada da Lusa, teria mais chances que o Timão na final contra o São Paulo de Raí.
Em 1998, Castrilli encerrou o sonho da Portuguesa de disputar a final do Paulista contra o São Paulo
Aragão era outro ótimo árbitro, mas será sempre lembrado pelo gol que marcou para o Palmeiras contra o Santos, em 1983 (não, ele não validou um gol ilegal. Ele simplesmente enfiou a bola nas redes mesmo…), e pela operada que ele deu no Galo na final do Brasileiro de 1980. Até hoje, o pessoal de BH o conhece como "Aramengão".
Em dia de amistoso entre Palmeiras e Udinese, no Parque Antártica, vemos da esquerda para a direita Antonio Carlos Gomes, José de Assis Aragão, o grande zagueiro Edinho, Mauro Felix da Silva e Lionerte dos Santos
Aragão e o internauta Moisés Bueno, em foto de 2015
Marçal, ao centro, antes de mais uma partida carioca dos anos 60
Marçal estava em campo na decisão do Campeonato Carioca de 1971 entre Botafogo e Fluminense. Na ocasião, o Flu venceu por 1 a 0 com um gol de Lula aos 43 minutos da etapa final. Mas os botafoguenses reclamam até hoje de falta do tricolor Marco Antônio no goleiro Ubirajara no lance.
Wright é considerado pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol o melhor árbitro brasileiro de todos os tempos. Mas aposto que o órgão internacional não entrevistou nenhum atleticano para realizar essa eleição (risos).
Wright foi considerado o melhor árbitro de 1990
Olten também foi um dos grandes de sua geração. Mas os são-paulinos nunca perdoaram o árbitro por sua péssima atuação em um Choque-Rei de 1966, quando o Palmeiras venceu o Tricolor por 4 a 2 (dois gols do Alviverde teriam sido irregulares).
Olten Ayres de Abreu, em 1965, no Pacaembu. Ele foi um dos três mais importantes árbitros do Brasil nos anos 60. E o bandeira, á esquerda, é Gaze Aluani, irmão do repórter Aluani Neto, da Rádio Jovem Pan
Dino Sani, Olten Ayres de Abreu e Ditão, no Pacaembu, em 1965: quem ganhou o "toss"? E o jogo?
Milton Neves recebe das mãos do ex-árbitro Outen Ayres de Abreu o troféu Sitrepesp
Dois momentos do grande árbitro
Paulo Cesar de Oliveira
Outro que eu considero um dos melhores que eu vi. Mas tem muito palmeirense por aí que jura de pés juntos que ele é corintiano e sempre favoreceu o Timão. Eu nunca percebi nada do tipo. Pelo contrário, sempre o achei extremamente imparcial.
Tecnicamente, dos melhores de todos os tempos. Mas às vezes se perdia querendo fazer média, ficando em cima do muro…
Linda imagem de um dos primeiros jogos disputados no estádio do Morumbi. Da esquerda para a direita, aparecem Riberto, Manoel Raymundo Paes de Almeida (de terno e óculos), Romualdo Arppi Filho (agachado), e os repórteres Silvio Luiz e Marco Antônio, empunhando seus gigantescos microfones. Foto retirada do perfil Arquibancada Tricolor no Facebook
Romualdo Arppi Filho entre seus bandeiras, na Rua Javari, em 1964. E quem é o cidadão, à direita, fazendo pose?
Romualdo Arppi Filho no final de sua carreira, no início dos anos 90, no Canindé, já barrigudinho
Romualdo Arppi Filho (centro), no gramado do Pacaembu. À esquerda, o bandeirinha Germinal Alba. O símbolo da Federação Paulista de Futebol (FPF) continua o mesmo, já a bola…
Romualdo Arppi Filho, no Pacaembu, faz o sorteio antes de um Corinthians e Palmeiras. Os capitães Dino Sani (esq) e Djalma Santos (camisa 2) são as "testemunhas". Do lado direito, atrás do bandeirinha de topete, as pernas curtas do também bandeira Germinal Alba. Lá em cima, no meio da lotada arquibancada, as acanhadas cabines de imprensa
Neste jogo de 1971 entre Portuguesa de Desportos e Ponte Preta houve muita confusão. O técnico João Avelino aparece sendo contido por Marinho Peres. Da esquerda para a direita: Manfrini, Basílio, o árbitro Romualdo Arpi Filho, Santos, João Avelino, Marinho Peres, Cabinho e Fogueira. Foto enviada por Walter Roberto Peres e publicada na Revista Placar
Da esquerda para a direita, Dino Sani é o segundo segurando a flâmula da equipe do Parque São Jorge, Romualdo Arppi Filho é o quarto e Aylton Rocha (com a camisa do Tricolor Baiano) é o quinto. Foto enviada por Aylton Rocha Júnior
Chegou a sua vez, amigo internauta.
Lembrando que a lista bolada por mim serve apenas para ajudar nas suas escolhas.
Cite outros nomes também, certo?
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