Existem no futebol tarefas fáceis e tarefas difíceis.
Sabe qual é a mais simples?
Apresentar programa pós-rodada.
Incrível, mas, em 52 anos de plantão esportivo, jamais errei o resultado de uma partida nas edições do "Terceiro Tempo" no rádio e na TV.
E quais as mais difíceis?
Aí temos uma lista: ser narrador no rádio, ser goleiro, ser artilheiro, ser bandeirinha e ser árbitro.
E, nesta última modalidade, acompanhei, como torcedor ou como membro da crônica especializada, grandes e honestos nomes desfilando competência com o apito na boca.
Abaixo, faço uma lista dos melhores que eu vi.
Lembrando sempre, é claro, que todos eles erraram em suas carreiras.
Mas foram árbitros extremamente competentes e, principalmente, honestos.
Simon sempre foi um árbitro extremamente confiável. Errou algumas vezes, mas sempre foram equívocos imponderáveis, jamais erros premeditados. E ele ocupa o primeiro lugar desta lista com apoio dos jornalistas Fábio Piperno e Ronald Gimenez, fanáticos torcedores do Fluminense.
2009: escutando as reclamações do meia Diego Souza, à época, no Palmeiras, após lance polêmico envolvendo o atacante palmeirense Obina
Pouco antes do clássico goiano entre Goiás e Vila Nova, os capitães Fernandão e Túlio Maravilha ao lado de Carlos Eugênio Simon
Milton Neves, Simon e Borges, no Terceiro Tempo da Record
Mais uma transmissão da Fox Sports, em 2015. Da esquerda para a direita: Carlos Eugênio Simon, Gustavo Villani e PVC
O nome mais marcante do apito brasileiro. Seu estilo rigoroso marcou época e serviu de inspiração para muitos outros árbitros. Tanto que sempre era chamado para apitar decisões importantes Brasil afora. Tinha como característica não tolerar lances violentos. Também não se intimidava com a truculência dos cartolas. Mas, claro, cometeu grandes erros em sua carreira. Como na final do Paulista de 1973, entre Santos e Portuguesa (errou na contagem dos pênaltis), no gol legal de Leivinha que anulou na decisão do Estadual de 1971, entre Palmeiras e São Paulo, e no duelo decisivo do Brasileirão de 1974, quando tirou o gol legítimo do cruzeirense Zé Carlos contra o Vasco.
Trio de arbitragem da partida entre Brasil e seleção sergipana, em 9 de julho de 1969, dia da inauguração do Estádio Estadual Lourival Baptista, em Aracaju-SE. Armando Marques aparece ao centro. Foto enviada pelo internauta Amós Silva Menezes
Execução do hino nacional antes da partida entre Brasil e seleção sergipana, em 9 de julho de 1969, dia da inauguração do Estádio Estadual Lourival Baptista, em Aracaju-SE. Da esquerda para a direita, o primeiro é o árbitro Armando Marques, Carlos Alberto Torres é o terceiro, Pelé é o quarto, Toninho Guerreiro aparece em quinto, o sexto é Djalma Dias e Gérson é o sétimo. Foto enviada pelo internauta Amós Silva Menezes
Antes de um duelo entre as seleções do Rio e de Minas: Zózimo, o árbitro Armando Marques e Procópio
Armando Marques expulsa Pelé do gramado do Pacaembu, no jogo do "cai-cai", em que o São Paulo venceu o Santos por 4 a 1, no dia 15 de agosto de 1963. Além de Pelé, Marques mostrou cartão vermelho também para Coutinho. Na volta do intervalo, os santistas, indignados com a arbitragem, passaram a simular contusões para que a partida terminasse. Na imagem, além do Rei do Futebol e de Armando Marques, aparecem também Pepe, Bellini e o repórter Tom Barbosa, encoberto por Pelé
Na histórica imagem, o narrador Silvio Luiz, que também já foi árbitro, aparece à direita, enquanto Armando Marques está ao centro. Foto: Reprodução
O grande árbitro Armando Marques aparece nesta imagem discutindo com Pelé. Foto: Reprodução
Um dos inúmeros "entreveros" protagonizados por Armando Marques. Nesta imagem, Nilton Santos, então técnico do Botafogo, empurra o Armando Marques para o fosso do vestiário do Maracanã. Em campo, jogaram Botafogo x Atlético-MG. Foto: Divulgação
O ex-árbitro Armando Marques é entrevistado por Gegê. Foto: Arquivo pessoal
Na década de 50 e em 22 de abril de 2014
Uma das pessoas mais corretas da história do apito e do microfone. Tremendo bom caráter e apitou muito bem durante toda a sua carreira. Apesar de ter prejudicado o Santos na final do Brasileiro de 1983, não dando pênalti de Marinho em Pita. Com aquela penalidade convertida, o Peixe teria vencido no Maraca. Mais um título que o Flamengo ganhou no apito.
Copa de 1982. Arnaldo é aplaudido ironicamente pelo atacante alemão Hrubesch após encerrar a final da competição, em Madrid
Arnaldo apitando, sorridente, a partida entre Alemanha e Inglaterra, jogo de maior rivalidade do mundo, na época
Arnaldo apitando a grande final da Copa do Mundo de 1982, partida entre Itália e Alemanha. Na ocasião, a equipe italiana, do carrasco do Brasil, Paolo Rossi, sagrou-se campeã por 3 a 1
Antes de Argentina x Chile, pela Copa América-1989: Maradona, Arnaldo Cezar Coelho e Rojas
Quarteto de transmissão da Globo na Copa das Confederações em 2013: Casagrande, Galvão Bueno, Ronaldo e Arnaldo Cezar Coelho
Arnaldo ao lado dos narradores: Silvio Luiz e Galvão Bueno, na Copa de 1998, na França. Foto: Arquivo pessoal
O argentino que apitou nos anos 60 e 70 aqui no Brasil marcou época com o uniforme preto. Roberto Goycochea foi, sem dúvidas, um dos melhores árbitros de todos os tempos. Tanto que, depois de pendurar o apito, se tornou diretor da comissão de arbitragem da AFA. Uma pena que ele tenha dado azar para o Santos naquele 6 de março de 1968, no Pacaembu, dia em que o Corinthians venceu o Peixe após 11 anos levando um baile da equipe praiana.
Tecnicamente, Romualdo é considerado o melhor de todos. Não à toa apitou a final da Copa do Mundo de 1986. Às vezes se perdia querendo fazer média, ficando em cima do muro. Mas nada que apague o brilho de sua brilhante carreira.
Linda imagem de um dos primeiros jogos disputados no estádio do Morumbi. Da esquerda para a direita, aparecem Riberto, Manoel Raymundo Paes de Almeida (de terno e óculos), Romualdo Arppi Filho (agachado), e os repórteres Silvio Luiz e Marco Antônio, empunhando seus gigantescos microfones. Foto retirada do perfil Arquibancada Tricolor no Facebook
Romualdo Arppi Filho entre seus bandeiras, na Rua Javari, em 1964. E quem é o cidadão, à direita, fazendo pose?
Romualdo Arppi Filho no final de sua carreira, no início dos anos 90, no Canindé, já barrigudinho
Romualdo Arppi Filho (centro), no gramado do Pacaembu. À esquerda, o bandeirinha Germinal Alba. O símbolo da Federação Paulista de Futebol (FPF) continua o mesmo, já a bola…
Romualdo Arppi Filho, no Pacaembu, faz o sorteio antes de um Corinthians e Palmeiras. Os capitães Dino Sani (esq) e Djalma Santos (camisa 2) são as "testemunhas". Do lado direito, atrás do bandeirinha de topete, as pernas curtas do também bandeira Germinal Alba. Lá em cima, no meio da lotada arquibancada, as acanhadas cabines de imprensa
Neste jogo de 1971 entre Portuguesa de Desportos e Ponte Preta houve muita confusão. O técnico João Avelino aparece sendo contido por Marinho Peres. Da esquerda para a direita: Manfrini, Basílio, o árbitro Romualdo Arpi Filho, Santos, João Avelino, Marinho Peres, Cabinho e Fogueira. Foto enviada por Walter Roberto Peres e publicada na Revista Placar
Da esquerda para a direita, Dino Sani é o segundo segurando a flâmula da equipe do Parque São Jorge, Romualdo Arppi Filho é o quarto e Aylton Rocha (com a camisa do Tricolor Baiano) é o quinto. Foto enviada por Aylton Rocha Júnior
Um dos mais injustiçados árbitros de todos os tempos. Tanto que ganhou o apelido de "Barbosa do Apito". Zé Aparecido sempre foi honesto, correto e, infelizmente, acabou sendo vítima de racismo naquela tão comentada final do Paulista de 1993.
Agora é a sua vez, amigo internauta.
Cornete a minha lista e crie o seu top 5 também!
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