Topo

Milton Neves

'Ladrão sem vergonha': Mazzola dispara contra árbitro de Santos 1 x 0 Milan

Milton Neves

26/05/2020 04h00

Mazzola, atacante do Milan na final do Mundial de 1963, quando o Santos conquistou a competição pela segunda vez

Esse post eu dedico a todos os meus amigos corintianos que vivem falando que eu só repercuto casos envolvendo o "apito-amigo" do clube do Parque São Jorge.

Bom, sobre a decisão do Mundial de 1963, quando o Santos, com gol de Dalmo, bateu o Milan no Maracanã no terceiro e decisivo jogo pelo placar de 1 a 0, as imagens são péssimas e é muito difícil analisar a atuação do árbitro argentino Juan Regis Brozzi.

Para mim, foi pênalti no agitado Almir Pernambuquinho, que anos mais tarde admitiria que jogou aquela final dopado.

Maldini "chargeou" o Almir no alto, como você vê na foto abaixo.

O polêmico lance do terceiro jogo do Mundial de Clubes de 1963, vencido pelo Santos por 1 a 0. Para mim, foi pênalti em Almir!

Depois do pênalti, a briga: Ismael e Giovanni Trapattoni batem boca no Maracanã

Foi pêêêêêênaaaaaaltiiiiiii, e dos grandões!

Bom, mas como eu já disse que as imagens são muito ruins, é claro, temos que acompanhar também atentamente o desabafo do lendário Mazzola, o José João Altafini, que defendeu o Milan entre 1958 e 1965, sobre aqueles dois últimos jogos do Mundial de 1963.

"Os dirigentes do Milan perguntaram para mim e para o Dino Sani, tinham sido propostos três juízes. Um era o argentino Juan Regis Brozzi e mais três que não me lembro nome. E nós dissemos a eles: 'Não aceita o árbitro argentino porque ele é um ladrão, um ladrão sem vergonha'. E mesmo assim o Milan aceitou e foi uma vergonha. Ele permitiu de tudo naquele jogo e no terceiro jogo ele deu um pênalti que não existiu", disse Mazzola, campeão mundial com a seleção brasileira em 1958, em sua participação no "Domingo Bandeirantes" do último dia 24.

"O problema é que o juiz permitiu de tudo. Nós estávamos ganhando por 2 a 0 (no segundo jogo, que acabou 4 a 2 para o Santos), um gol meu e um gol de (Bruno) Mora. Quando entramos no vestiário, caiu uma chuva que alagou o campo e acabou com o jogo", completou a lenda do futebol mundial, que ganhou projeção no Palmeiras e depois brilhou na Itália defendendo, além do Milan, o Napoli e a Juventus.

No player abaixo, você ouve na íntegra entrevista de Mazzola, concedida durante o programa "Domingo Bandeirantes" do último domingo (24):

E abaixo, veja muitas outras fotos da vitoriosa carreira de José João Altafini, o Mazzola:

Mundial de 1963: na imagem, Mazzola (Milan) e Haroldo (Santos) aparecem disputando a bola pelo alto

Mazzola se encontra com Pelé, possivelmente em 1974, na cidade italiana de Turim. Foto enviada por Márcio Papa

Pelé e Mazzola (dir.), na preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 1958

Defendendo a Itália: da esquerda para a direita, José "Mazzola" Altafini, Antonio Valentín Angelillo e Omar Sívori

De Sordi e Mazzola, ambos da seleção, posam juntos para a foto

Mário Travaglini e o centroavante Mazzola conversam durante treino do Palmeiras, no Parque Antártica. Foto: arquivo de Mário Travaglini

Em pé da esquerda para a direita: Djalma Santos, Gylmar, Olavo, Zito, Ramiro, Mauro e o roupeiro Mateus. Agachados: o massagista Mário Américo, Maurinho, Luizinho, Pagão, Mazzola e Pepe

Cinco jogadores da Seleção Brasileira e quatro calções diferentes. Outros tempos, em que não havia todo o marketing envolvido nessa área. A foto é do dia 18 de maio de 1958, no Pacaembu. A seleção recebeu a Bulgária para um amistoso no Pacaembu e venceu por 3 a 1, com gols de Diev (Bulgária), dois de Pelé e um de Pepe. Antes, o Brasil havia enfrentado a Bulgária no Maracanã e venceu por 4 a 0. O jogo do Pacaembu foi o último antes da seleção estrear na Copa de 58, na Suécia e vencer a Áustria por 3 a 0. Da esquerda para a direita: Joel Martins, Didi, Mazzola, Pelé e Canhoteiro

Mazzola, Zito e Gylmar, em anúncio das laminas Big Ben. É, jovens, antigamente a barba era feita com lâminas assim! E quando o sujeito tomava "umas a mais" e resolvia aparar o bigode? Não sobrava nada!

A partir da esquerda: Nílton Santos, Dino Sani, Castilho, Bellini, Carlos Alberto Cavalheiro, Moacir, Dida, Joel, Mazzola, Zagallo e Pelé. Reparem os trajes dos jogadores. Crédito foto: Arquivo Nacional

Nesta foto de 1958, enviada ao site pelo querido colaborador Wanderley José Pereira dos Santos, vemos Mazzola, o técnico Vicente Feola e De Sordi na Cachoeira de Emas, na cidade paulista de Pirassununga. Na ocasião, o povo da cidade homenageou estes personagens que haviam acabado de conquistar o título da Copa do Mundo na Suécia. Mazzola, na foto, está com a mão no ombro do então garoto Wanderley, que atualmente é advogado e reside em São Paulo

Time do Palmeiras que foi derrotado pelo São Paulo, 3 a 0, no dia 30 de setembro de 1956, no Pacaembu. Em pé: massagista, Valdemar Carabina, Antoninho, Ariovaldo, Ismael, Gérsio Passadore e Waldemar Fiúme. Agachados: mordomo Romeu, Renatinho, Mazolla, Nestor, Ivan e Elzo

Da esquerda para a direita: Maurinho, Pagão, Mazzola, Dino Sani e Tite

Neste Palmeiras de 58, estão em pé: Ismael, Jorge, Formiga, Carabina, Nivaldo, Milton Buzzetto e um massagista. Agachados: Renatinho, Fernando, Mazolla, Ivan e Caraballo

Mazzola, em fevereiro de 2008, quando participou do programa "Bem, Amigos" da SporTV. Imagem: reprodução SporTV

Em pé: De Sordi, Jadir, Nilton Santos, Gylmar, Mauro e Roberto Belangero. Agachados: Mário Américo, Garrincha, Moacir, Mazzola, Pelé e Canhoteiro

Acima, em montagem especial, confira todos os campeões mundiais pelo Brasil na Copa de 58, na Suécia

Mazzola e Walter Abrahão, na TV Tupi, em 1963

Renatinho (o segundo agachado, ao lado do roupeiro Romeu) em um dos times palmeirenses da segunda metade dos anos 50. Também agachados estão: Paulinho (o segundo) e Mazzola (o terceiro). Em pé, estão o goleiro Nilvaldo, o zagueiro Múcio (o quarto), Gérsio Passadore (o quinto) e Waldemar Fiúme (o sexto)

E olha aí o Brasil embarcando rumo à conquista de nossa primeira Copa: Paulo Machado de Carvalho (o terceiro à esquerda), Dr. Hilton Gosling, Dino Sani, Zito, Dida, Pepe, De Sordi, Mazzola, Mauro e Mário Américo. Agachados: Moacir, Oreco, roupeiro Luisão e o dentista, Dr. Mário Trigo

A foto de Celso Battaia é sensacional: Dino está ao lado de Mazzola. O loiro Trapattoni é o segundo à esquerda e o lateral David é o terceiro, ao fundo. Rivera é o quarto à frente, depois de Mazzola. E Maldini está à frente do goleiro Ghezzi. A relação completa dos jogadores é a seguinte: na fila da frente vemos os atacantes Donova, Dino Sani, Mazzola, Rivera e Barison; na fila do meio estão Trapattoni, Maldini e Pelagalli; atrás estão David, Ghezzi e Radice. Fala Dino Sani: "Esta foto foi tirada quando fomos campeões italianos, na temporada de 1961-62. O cenário é o campo de treinamento em Milanello. No meu tempo aquilo não era o paraíso que é hoje", conta Il Signore Sani

Mazzola e Dino Sani atacam o Lanerossi de Vicenza na neve, em jogo do Campeonato Italiano de 1962. O duelo terminou 6 a 0 para o Milan com três gols de Dino. Observando o desfecho do lance, atrás do jogador do Lanerossi, vemos Rivera

Em pé: Maldini (pai de Paolo Maldini), David, Salvatore, Rivera, Mazzola (conhecido na Itália como Altafini) e Barizon. Agachados: Dino Sani, Trapattoni (técnico da Itália na Copa de 2002), o goleiro Giorgio Ghezzi, Radice e Danova

Na década de 50, uma imagem linda da entrada do Palestra Itália, com Mazzola carregando sua mala. Foto: Instagram da S.E.Palmeiras

Mazzola em capa da Revista Manchete Esportiva 87, de 1957

Milan, em 1962. Agachados, Del Vecchio é o quarto. Mazzola é o quinto e Dino Sani é o sexto. Foto enviada por Emmanuel Del Vecchio

Milan, em 1962. Da esquerda para a direita, em pé: Dino Sani, Privatelli, Rivera, Barison, Del Vecchio e Maldini. Agachados: Mazzola, Radice, Trapattoni, Ghezzi e David. Foto enviada por Emmanuel Del Vecchio

Mazzola e Fernando Puglia. Foto enviada por Mazinho Camanho

Brasil 1 x 0 País de Gales, quarto jogo da Copa do Mundo de 1958. Da esquerda para a direita, em pé: De Sordi, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando Peçanha e Gylmar dos Santos Neves. Agachados: Garrincha, Didi, Mazzola, Pelé e Mário Américo. Foto enviada por José Eustáquio

Brasil 0 x 0 Inglaterra, segundo jogo da Copa do Mundo de 1958. Da esquerda para a direita, em pé: De Sordi, Dino Sani, Bellini, Nilton Santos, Orlando Peçanha e Gylmar dos Santos Neves. Agachados: Mário Américo, Joel Martins, Didi, Mazzola, Vavá e Zagallo. Foto enviada por José Eustáquio

Brasil 3 x 0 Áustria, primeiro jogo da Copa do Mundo de 1958. Da esquerda para a direita, em pé: De Sordi, Dino Sani, Bellini, Nilton Santos, Orlando Peçanha e Gylmar dos Santos Neves. Agachados: Mário Américo, Joel Martins, Didi, Mazzola, Dida e Zagallo. Foto enviada por José Eustáquio

Didi, Mazzola, Pelé e Pepe, durante os treinamentos da Seleção Brasileira para a disputa da Copa de 1958. Foto enviada por José Eustáquio

Almir Pernambuquinho, Pelé, Altair (ex-Fluminense) e Mazzola, durante os treinamentos da Seleção Brasileira para a disputa da Copa de 1958. Foto enviada por José Eustáquio

Mazzola com a camisa do Juventus de Turim. Foto enviada por José Eustáquio

Milan, temporada 1959/1960. Da esquerda para a direita, em pé: Cesare Maldini, Occhetta, Liedholm (sueco que participou do jogo final da Copa de 1958, onde o Brasil venceu a Suécia por 5 x 2), Altafini (o nosso Mazzola), De Angelis e Schiaffino (uruguaio que marcou o primeiro gol do Uruguai na final da Copa de 1950, no jogo Uruguai 2 x 1 Brasil). Agachados: Fontana, Danova, Alfieri, Zagatti e Bean. Foto enviada por José Eustáquio

Mazzola e Dino Zoff com a camisa da Juventus, durante a temporada 1972/1973. Foto: Reprodução

No Estádio Giuseppe Meazza, Franco Baresi, Arrigo Sacchi, Gianni Rivera (de terno), Altafini Mazzola e Pierino Prati, em um dos amistosos do centenário do Milan, em 1999. Foto: Reprodução

Mazzola no início da década de 70, com a camisa do Napoli. Foto: Reprodução

Em 14 de agosto de 2012, alguns jogadores que conquistaram a Copa do Mundo 1958, a primeira do Brasil, foram homenageados pela Associação Sueca de Futebol. Da esquerda para a direita: Zito, Pelé, Pepe (ao fundo) e Mazzola. À direita, aparecem também os jornalistas Telmo Zanini e Marcos Uchôa. Divulgação/CBF

Em 14 de agosto de 2012, alguns jogadores que conquistaram a Copa do Mundo 1958, a primeira do Brasil, foram homenageados pela Associação Sueca de Futebol. Na imagem, da esquerda para a direita, aparecem Pepe, Pelé, Mazzola e Zito Divulgação/CBF

Em 14 de agosto de 2012, alguns jogadores que conquistaram a Copa do Mundo 1958, a primeira do Brasil, foram homenageados pela Associação Sueca de Futebol. Na imagem, Zito (1º), Mazzola (3º), Pepe (4º em pé) e Pelé aparecem com os jogadores suecos que disputaram a decisão daquele Mundial. Foto: Divulgação/CBF

Em 14 de agosto de 2012, alguns jogadores que conquistaram a Copa do Mundo 1958, a primeira do Brasil, foram homenageados pela Associação Sueca de Futebol. Da esquerda para a direita aparecem: Mazzola, Pelé, Zito e Pepe. Foto: Divulgação/CBF

Opine!

Sobre o autor

Milton Neves é jornalista profissional diplomado, publicitário, empresário, apresentador esportivo de rádio e TV, pioneiro em site esportivo no Brasil, 1º âncora esportivo de mídia eletrônica do país, palestrante gratuito de Faculdades e Universidades, escrivão de polícia aposentado em classe especial, pecuarista, cafeicultor e é empresário também no ramo imobiliário.