O Corona já goleia a bola!
O futebol era pobre.
E brilhante, romântico, puro e sadio.
Pelé em 1959 ganhava o proporcional a US$ 1.250 por mês.
Imaginem…
Mas "levava" mais 5% das quotas dos amistosos que o Santos cobrava por jogo no exterior.
Mais US$ 1.000, módicos para padrões de hoje.
Dinheiro de pinga diante dos bilhões em ouro puro que se paga atualmente.
Hoje, paga-se demais, não apenas nos países ricos como Alemanha, Inglaterra, França, Espanha, Itália…
Como também e principalmente nos cantões folclóricos da bola da Ásia, Oceania, Oriente Médio…
E até em um certo Brasil.
Certo, Flamengo?
Certo, Palmeiras-Crefisa?
Ué, mas "sartei de banda", "campei na marva e o que será o fim disso?", exclamamos no Sul de Minas!
Pois o recado e o fim dessa orgia já chegaram na esteira do vírus chinês – sim, senhores – também para o futebol.
O que a China, que jamais aprenderá a jogar futebol, paga por semana para jogadores e técnicos, médios ou ruins, é uma vergonha diante de tanta pobreza no mundo.
China que é Pelé em grana e vírus e perna de pau na bola e na transparência.
Nada contra o dinheiro, é claro.
Sem hipocrisia, já ganhei e ganho muito bem, muitíssimo além para o tamanho do meu bico e de minhas aspirações, lá atrás.
Mas, vem cá, a pirâmide um dia iria desabar.
E desabou.
"Quem guardou, guardou, quem não guardou não guarda mais!", como diria Haroldo Fernandes, célebre narrador da Rádio Tupi de São Paulo.
É que o futebol pós-Coronavírus agora será outro.
Já está sendo, parodiando lúcidos, coerentes e eventuais ou péssimos ex-observadores em inatividade.
Sim, em inatividade técnica.
Temos gente de todo jeito nas redes sociais.
Pois, antes que a bola acabe de murchar de vez, que clubes, TVs, patrocinadores e jogadores, já podres de ricos, se unam na dificuldade e vamos ganhar menos.
Que o futebol copie os grandes jornais do Brasil, que se deram as mãos.
Brilhante!
Espetacular!
União e desapego ao dinheiro pós-Coronavírus, moçada, já!
Sob pena de logo faltar lugar em meu épico e único "Que Fim Levou?" para jogadores, clubes, patrocinadores e até para queridos colegas esportivos, felizes ou dráculas.
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