Torcida não deixou Felipão 'contrair' Colo-Colo. Sorte do gaúcho!
Durante o Carnaval, pipocou para todo lado a informação de que o Colo-Colo, do Chile, estaria interessado na contratação de Luiz Felipe Scolari, desempregado desde setembro do ano passado, quando deixou o Palmeiras.
E, pelo andar da carruagem, o acerto estava mesmo muito próximo.
No entanto, um grande mal-entendido esfriou a negociação entre o treinador do 7 a 1 e a equipe chilena.
Sim, um mal-entendido.
É que esse papo de que Felipão "elogiou" e "apoiou" o sanguinário Augusto Pinochet (1915 – 2006) é grande balela.
A declaração em questão foi dada durante uma edição do Jornal de Esportes, da Jovem Pan, em 1998.
Eu apresentava a atração, que contava naquele dia com a presença de Scolari.
Em determinado momento, o excelente Luís Carlos Quartarollo perguntou a Felipão sobre a então efervescente situação política do Chile, onde o Palmeiras jogaria dentro de alguns dias pela Libertadores.
E Felipão respondeu que política e futebol não deveriam se misturar, portanto, que não temia enfrentar problemas no país.
Quartarollo insistiu no assunto, abordando também o período em que os chilenos foram comandados pelo ditador Augusto Pinochet, de 1973 a 1990.
Scolari então comentou sobre todos os absurdos cometidos por Pinochet, mas ressaltou que a economia do país não estava tão ruim graças aos bons membros de sua equipe econômica, os "Paulos Guedes" chilenos.
Por isso ele disse que o sanguinário ditador "fez muita coisa boa também".
Mas, sabem como é, o pessoal costuma extrair apenas o que convém da declaração e tirar de contexto.
Ou seja, Felipão jamais usou o sucesso econômico do regime para justificar as barbaridades cometidas no Chile durante a ditadura.
Bom, Scolari, mas eu acho que você tem é que dar graças a Deus por esse mal-entendido.
O Colo-Colo não é compatível com o seu tamanho no futebol.
Curta mais um pouquinho desse período sabático que logo, logo algo melhor pintará por aí.
E aproveite a bola pingando, Felipão, e berre a plenos os pulmões um MUITO OBRIGADO a quem te colocou na seleção em 2001 e te deixou trilionário e na história de 2002.
Ingrato até morrer?
Vai levar para cova?
E, enquanto isso, Augusto Pinochet, merecidamente, seguirá nadando no tacho do capeta.
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