Zaidan e Daniel Alves, é devagar que se vai ao longe
Que frase batida, hein?
Autoria do jornalista Mauro Beting, que criou outra: "Mãe é mãe e o resto é banco de reservas".
E o mineiro Claudio Scaff Zaidan, do Grupo Bandeirantes, o melhor pai do mundo, caminhou, caminhou, esperou, esperou, brilhou, tanto brilhou em silêncio que finalmente foi "descoberto".
Justo ele que sempre mereceu qualquer prêmio na categoria "TUDO".
E que agora fará tudo mesmo no Morumbi: futebol, UOL, cultura, política, história, economia, rádio, televisão etc.
E bota etc. nisso.
Já o baiano Daniel Alves é outro que, em escala diferente, conquistou a quase tudo saindo do sertão da Bahia chegando à unanimidade.
Sozinho!
Magrelo, baixinho e desconhecido no Brasil e sem proteção de empresários influentes, enfiou a cara no mundo e o abraçou tomando conta da lateral direita, eternamente de Carlos Alberto Torres.
Um exemplo para todos os nascidos longe dos berços de ouro.
Daniel Alves, no fim dos anos 80, ainda na sua Juazeiro-BA
Claudio Zaidan também é mais um brasileiro da roça que chegou lá.
Há anos trocou a enxada e o curral pelo microfone e igualmente virou unanimidade entre ouvintes e jornalistas.
Totalmente diferente de mim, o culto, discreto e modesto Claudio Zaidan finalmente foi vencido pelo seu imenso talento esculpido à luz de lamparinas ao voltar da luta no "eito" da fazenda que o tinha como colono-empregado.
O estudioso Claudio Zaidan, em 1967, em foto do Grupo Escolar Dom Eduardo, de Uberaba
O Grupo Band acaba de convocá-lo para seu top "Jornal Gente", da Rádio Bandeirantes AM e FM, ao lado de Zé Paulo de Andrade, Cláudio Humberto, Thais Herédia, professor Marco Antonio Villa, Rafael Clooney Colombo e Pedro Campos.
E na Band TV o mineiro de Uberaba passa a comentar sobre qualquer assunto no "Band Notícias", às 22h, no comando de Rafael Colombo e de Cynthia Martins.
Zaidan é um homem raro.
No viver e no saber.
Religioso, não conta piadas, não fala palavrão, não aceita ouvir ou ver as "pornografias e nudes" que Ulisses Costa exibe em seus celulares e, sempre compenetrado, dificilmente sorri.
A vida dele é um gol.
As traves são a família e o microfone.
Já o travessão é o filho Manuel, sua paixão.
Ele é o goleiro e nesse gol a bola não entra nunca.
São redes invictas!
Zaidan e o filho Manuel, sua paixão
E neste país em que a política é tão suja a ponto que fizeram na TV uma edição de "apito amigo" do debate Collor x Lula em 1989 contra o PT, e também com Lula hoje desconfiando da facada em Bolsonaro "porque não saiu sangue", é bom contarmos um pouquinho a história de dois vitoriosos de rincões desse Brasilzão da Bahia e de Minas Gerais.
Sim, isso não é brega, pois verdadeiro, que "é devagar que se vai ao longe".
Ou então "o talento a tudo vence em qualquer setor de atividade, inclusive batendo de goleada a perniciosa figura dos 'traficantes de influência'".
Algo tão nojento, covarde e podre quanto os traficantes de cocaína.
Parabéns, exemplar Daniel Alves.
Parabéns, multi-Claudio Zaidan, que passará a vestir Paco Rabanne e Pierre Cardin, em tabelinha diária.
Mas que agora vai ter também que fazer maquiagem, viu, Zaidan?
"Não 'fassu', não, esse negócio de pó de arroz na cara não é coisa de 'homi', não, sô!".
Esse é Claudio Zaidan, único como Pelé.
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