Alô, PSG, bote o Neymar no barranco!
Sim, seria um bom corretivo.
Afinal, o "menino arteiro" não teve um rabo de tatu ou uma vara de marmelo a endireitá-lo lá atrás.
Mas sempre é tempo e esse trilionário puxão de orelha poderia resgatar para o futebol o único craque brasileiro – mas craque mesmo – que temos jogando no Brasil ou no exterior.
Falta rédea curta para Neymar ser ainda escalado no melhor Santos FC da história ou em qualquer seleção brasileira do passado, penso.
E como os árabes, donos do PSG e do "passe" de Neymar, têm mais dinheiro do que areia em seus desertos, bem que eles poderiam assustar nosso malquisto Pelezinho com uma temporada no… barranco!
Barranco?
O que é isso?
É "literatura esportiva" do meu Sul de Minas quando o jogador vai para a… reserva ou para o banco.
Até hoje temos campinhos por lá em que os suplentes ficam sentados em "saliências laterais" próximas do campo de jogo.
No Rio Grande do Sul o "barranco" é casamata, enquanto no Rio de Janeiro o craque afastado é chamado de "barrado".
Tudo sinônimo de ex-titular que vira "opção do treinador" ao ir para o banco de reservas.
E o "barranco" do futebol do interior de Minas nunca foi usado só para jogadores suplentes, mas também para a "multidão" sedenta por ver um jogaço inesquecível.
Lotada a arquibancadinha, o povão subia nos barrancos e até em árvores.
Nos anos 60 os quatro grandes do Rio faziam pré-temporadas em Poços de Caldas e jogavam em nossas pequenas cidades do Sul de meu Estado com renda revertida para a prefeitura da "Rainha da Lua de Mel do Brasil" que bancava a hospedagem de Vasco, Fla, Flu e Botafogo.
O Botafogo então lotava tudo, até barrancos e árvores.
À esquerda, Zagallo e Puskas, em foto tirada por ocasião da visita do Botafogo à cidade de Machado-MG em 1958. À direita, Diango, Garrincha e Puskas
Afinal, quem ia deixar de ver Zagallo, Garrincha, Didi (vejam o joelho esquerdo dele) e até o jovem fotógrafo Armando Nogueira, de óculos?
Zagallo, Armando Nogueira, Garrincha, Oldemário Touguinhó e Didi
Como no jogo em Machado, em 1958, pós-Copa da Suécia, em que o Botafogo goleou por 7 a 1 jogando com Jorge, Manga, Cacá, Zé Maria, Pampolini e Chicão. No ataque, Garrincha, Didi, Genivaldo, Quarentinha e Zagallo.
Já o Vasco fez 6 a 0 em Alfenas com Ita, Paulinho, Dario, Laerte, Orlando e Coronel; Wanderley, Javan, Wilson, Waldemar e Pinga.
As fotos-relíquias são do hoje dentista aposentado Dr. José Lélio Milani de Moura, o Puskas, sósia do maior futebolista da história da Hungria e grande ídolo do Real Madrid.
Ele é o último agachado ao lado do mascote Mauro Beting e de Garrincha, Zé Mirto, Didi, Pedroso, Zagallo e do pessoal do barranco.
E agora vejam como está o Dr. Puskas, que em 2010 ajudou a salvar a vida do craque Neto, que passou mal na Arena da Baixada em jogo promocional de Colchões Gazin.
O Neto, magrinho, quase infartou naqueles quase 40°C.
À esquerda, Puskas e Milton Neves, em 2013. À direita, você confere o Craque Neto sendo socorrido pelos médicos da Arena da Baixada, em 2010. Puskas ajudou nos primeiros socorros
Enfim, minha gente, hoje falei e expliquei o que significa "barranco" no idioma "caipirês" e "mineirês".
E o "barrancol" pode ser um santo remédio para curar de susto nosso Neymar, o já número 1 do mundo em "ojeriza consagrada".
Opine
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.