Pelé goleia Messi, CR7 e a tolice

Por Fábio Piperno

A tola adesão de alguns brasileiros à tese de que Messi e Cristiano Ronaldo se igualaram ou, para os radicais da insensatez, superaram Pelé só pode ser explicada pelo desconhecimento ou viralatismo. Em relação à falta de mais informação, as novas gerações têm atenuantes.

Nem vou perder tempo com o irretocável argumento das 3 Copas vencidas pelo brasileiro, contra nenhuma dos outros dois. Vamos comparar outro item no mesmo evento – Copas do Mundo.

Se procurarmos as 100 jogadas mais fantásticas da história dos mundiais, certamente pelo menos umas 10 estão na incrível antologia do Rei. Entram na conta gols inesquecíveis e até bolas que não entraram. Não consigo me lembrar de nada genial de CR7 e Messi nas Copas.

Do português há quem lembre o gol de falta contra Espanha. Mas, convenhamos. Como inserir um gol de falta, sem nada de tão especial, entre as jogadas mais fantásticas da história das 21 Copas?

Os defensores Messi e de CR7 adoram valorizar as proezas de ambos nos campeonatos nacionais. Hummm….aí então Pelé dá outra goleada. Como? Simples, cara-pálida.

O Rei marcava pencas de gols no Rio-São Paulo. Você acha pouco ou que esse torneio era de menor nível de dificuldade ao que são hoje Premier League ou Liga Espanhola? Levo Ivo engano, meu amigo. Não enxergue o que foi essa competição na década de 60 com os olhos de hoje, que com toda razão veem apenas times fracos de um futebol empobrecido.

Naquela época, Pelé jogava um Rio-São Paulo ao lado de TODOS os bicampeões de 1958 e 1962. Então, responda uma coisa: em qual momento das suas brilhantes carreiras CR7 e Messi já atuaram em algum campeonato ao lado de TODOS os campeões mundiais de edição de Copa?

Eles não. Pelé sim. E por muito tempo. Até porquê, desde que o argentino e o português alcançaram o estrelato, jamais um mesmo país venceu dois mundiais. Na era Pelé, o Brasil conquistou 3 de 4 Copas. E todo mundo jogava aqui.

Bem, poderia esticar mais, mas creio que dê para ficar por aqui.

Apenas sugiro que não acredite em análise caça-cliques.

Fábio Piperno

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