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Milton Neves

O Grêmio, o Flamengo e a publicidade

Milton Neves

01/12/2017 20h30

Deu Grêmio pela terceira vez na Libertadores.

Arthur é o melhor do time, disparado!

Na Copa, inicialmente contra Suíça, Costa Rica e Sérvia, nosso time terá Arthur, Neymar e mais nove.

Com Geromel de beque, Grohe entre os três goleiros e Luan entre os 23.

Lanús fez quarta-feira tudo o que argentino sempre fez com time brasileiro quando o jogo é lá: xingou, ofendeu, ameaçou, "tacou" pedra no ônibus, lançou "mijo" contra a imprensa brasileira e até enquadrou membros da comissão técnica gremista em acanhado camarote.

Só se esqueceu de uma coisa básica: jogar bola!

Arthur, o Rei Arthur, não deixou.

E o "poupástico" Renato Gaúcho atingiu os "píncaros da glória".

Merecido!

Mas, atirou na raposa azul e acertou o urso grená de Lanús.

Inocentes de plantão, saibam que Renato poupou foi para privilegiar a Copa do Brasil, sua verdadeira meta.

A Libertadores, vista como difícil e muito distante, veio no ocasional e no improvável que deu certo.

Como improváveis eram Cortez, Cícero, Jael, Léo Moura, Maicon, Edilson e Fernandinho.

Os refugos rejuvenesceram no time de Arthur.

Já o pobre Muralha envelheceu.

Para sempre?

Até sem jogar, e nem no banco, foi "crucificado" quinta-feira na Colômbia ao ver César pegar pênalti, coisa que ele não vem fazendo há séculos.

Coitado, um Barbosa sem grife.

Que agora o Flamengo ganhe a inexpressiva Sul-Americana, apenas um troquinho para este elenco milionário.

Como milionário é o mundo publicitário, um território não "escanteável".

Sob pena de colapso da economia e de toda a mídia brasileira e do mundo.

E todos da imprensa, para todo lado, estão dando um jeito de melhor se adequar à publicidade com seus produtos de mídia.

O top The New York Times relutou por uma eternidade, mas há uns cinco anos teve que aceitar anúncios em sua "decisiva" primeira página, a mais importante do planeta.

No Brasil, as revistas semanais e os grandes jornais, há muito tempo, acordaram e aprovaram o inteligente "merchandising impresso" em suas "capas falsas" na forma de "informe publicitário".

Isso quando não envelopam a edição inteira.

Parabéns, e até hoje não teve macho patrulheiro incoerente para criticar a brilhante ideia de nossos "periódicos" e de seus lúcidos departamentos comerciais.

Já na mídia eletrônica de jornalismo esportivo a publicidade é veiculada desde os anos 13 a.C nas vozes de Jorge Curi, Gagliano Neto, Flávio Araújo, Pedro Luiz, Fiori Gigliotti, Haroldo Fernandes,… Milton Neves e de uns "10 milhões" de eteceteras.

Faltava só a Rede Globo, sempre referencial.

Pois não é que ela também está "miltando"?

"Quem não 'milta', se estrumbica", diz Mauro Beting.

Xi… vai ter "patrulhicídios" por aí!

Os patrulheiros do mundo que são sempre pobres de espírito, paupérrimos de bolso com origem, bilionários de inveja e trilhardários na forma de viver de olho na vida alheia.

É que a Globo, segundo Mauricio Stycer e Cristina Padiglione, respectivamente, liberará seus narradores a citarem ao vivo as marcas dos patrocinadores e que já negocia com seus Netos, Renatas, Miltons e Denilsons para que eles também façam merchans nos programas esportivos que apresentam nas Globos todas.

É a inteligente evolução natural da publicidade, da comunicação e da economia e um pontapé na hipocrisia de se esconder jornalista no "entretenimento" como justificativa para as campanhas publicitárias estreladas por Bial, Fátima, Leifert, Poeta etc.

Diretor Roberto Marinho Neto, jovem e moderno, sacou que "a nova unidade do Esporte tem como uma das frentes ampliar o olhar sobre oportunidades junto aos anunciantes, estudando inclusive modelos mais próximos do entretenimento", afirmou.

Aliás, futebol nada mais é que entretenimento, como está até na top sigla ESPN, marca mundial cuja letra "E" quer dizer "entertainment".

Mas, "tucanada" à parte do diretor Marinho Neto, os narradores das TVs globais farão perto do que se faz nas transmissões de futebol desde Nicolau Tuma e os apresentadores agirão na TV como Dercy Gonçalves já fazia desde quando era debutante.

É o que sinalizam os colunistas Stycer e Padiglione.

Parabéns, Rede Globo, que, pelo visto, sacou também que merchan ao vivo, com "bola rolando" nos programas, dá de 10 a 0 em qualquer peça publicitária gravada e cara, veiculada no break, sempre de audiência menor.

Curioso, mas vi esse filme bem antes e já faz 35 anos, no rádio e na TV!

Portanto, "não me combatam, copiem"!

E, assim, permitam-me: смеется (gargalhadas em russo).

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Sobre o autor

Milton Neves é jornalista profissional diplomado, publicitário, empresário, apresentador esportivo de rádio e TV, pioneiro em site esportivo no Brasil, 1º âncora esportivo de mídia eletrônica do país, palestrante gratuito de Faculdades e Universidades, escrivão de polícia aposentado em classe especial, pecuarista, cafeicultor e é empresário também no ramo imobiliário.