O pênalti do André: culpa do Tite!
Maracanã, dia 16 de novembro de 1963!
O jogo estava em 0 a 0 entre Santos e Milan.
Era a "negra" da maior decisão de todos os Mundiais de Clubes.
Maior, disparada!
Em Milão deu Milan 4 a 2 com o árbitro anulando um gol legal de Coutinho quando estava só 3 a 2 para o time italiano.
"Era 3 a 3 e anularam o gol mais bonito que fiz em minha vida. Foi de puxeta, quase uma bicicleta", contou-me outro dia o maior 9 da história na Rádio Bandeirantes.
E completou: "Foi igualzinho aquele gol legal da Espanha em 1962 contra nós na Copa do Chile. O gol deles foi supernormal. Eu era do elenco e estava lá no Estádio Nacional e vi claramente. O Brasil teria sido eliminado".
Estão vendo como foi sim o Santos o grande prejudicado naquela épica decisão de três jogos contra a seleção do Milan?
Pois no Maracanã, na terceira partida, só se fala que o árbitro Juan Brozzi ajudou o Santos e inventou aquele pênalti do saudoso Maldini no igualmente falecido Almir Pernambuquinho.
Ora, o líbero italiano, pai do grande Paolo Maldini, com a perna no alto, quase arrancou a cabeça de Almir na área e o pênalti escandaloso teve precisa marcação!
Mas o mais importante de tudo foi a cobrança da chamada penalidade máxima.
Foi algo emblemático que treinadores e batedores de pênalti de hoje ainda não sacaram.
No gol estava Barluzzi, o terceiro goleiro italiano.
O primeiro, Ghezzi, já falecido, foi sacado pelo técnico Luis Carniglia após os 4 a 2 de virada e os dois canhões de Pepe.
O segundo, Balzarini, Almir quebrou numa dividida e foi substituído.
O próprio Barluzzi, o terceiro, também foi "chargeado" pelo irrequieto Almir e jogou o resto da decisão com uma atadura branca amarrada na cabeça.
Mas vamos à cobrança do pênalti com "200 milhões" de torcedores no Maracanã e TV em branco e preto pela TV Tupi, Canal 4.
Leia e aprenda, André!
Leiam e aprendam, treinadores!
Leiam e aprendam, batedores de pênaltis!
Leiam e tenham remorso todos vocês que tanto bateram pênaltis no maior adiantador do mundo, o Rogério Ceni.
Sabem o que fez o lateral Dalmo ao correr para a bola e chutar contra a meta italiana?
Simplesmente correu e… refugou!
Isso mesmo, refugou, "pulando" a bola!
É que o goleiro Barluzzi deu escandalosa adiantada e Dalmo, malandro, inteligente e experiente, não encostou na bola e sinalizou a infração ao árbitro.
Nascia ali o "rogerioceniamento do pênalti".
E depois da "admoestação" de Juan Brozzi, na segunda cobrança, Barluzzi ficou quietinho no gol pisando na risca, Dalmo correu, bateu e converteu, mas com o italiano quase pegando, encostando na bola.
Moral da história, senhores Tite, Dunga, Dorival, Fernando Diniz, Guardiola, Cuca, Mourinho e Simeone: treinem, sim, cobranças de pênaltis, mas instruam seus cobradores que, se o goleiro muito se adiantar, basta refugar.
E cobrar de novo com o goleiro já "veiaco" que não poderá mais uma vez "rogerioceniar".
É o que deveria ter feito o assustado corintiano André na última quarta-feira contra o Nacional.
Ele deu uma ridícula "paradona", o goleirão Conde se adiantou "um quilometro" e André atrasou a bola para o uruguaio no canto errado porque olhava para o chão.
Aí, o Timão fez a quina sendo eliminado pela quinta vez em seu belo estádio, a Arena de maior pé frio do mundo!
Alô, Dalmo, aí no céu, desça e venha ensinar a esses batedores inseguros que pênalti não é um bicho de 1.910 cabeças.
Basta treinar, ter tranquilidade e saber que o goleiro tem só 0,87% de chances de defender.
Sem se adiantar, viu Tite?
OPINE!!!
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