Outubro de Pelé terminou com mortes na bola e festa do Timão
Seria uma guerra estivessem próximos Galo e Gavião.
Gavião voa muitíssimo melhor, mas o Galo manda em seu terreiro.
A provável vitória do Atlético-MG seria uma espécie de desagravo, nunca marco de arrancada rumo um título impossível.
Não creio em clima hostil em Belo Horizonte.
O Timão sabe que já é campeão.
O Galo sabe que já está na Libertadores e que tirar o título do Corinthians é mais difícil do que foi para o santo Victor pegar aquele pênalti cobrado pelo Riascos do Tijuana-MEX nas quartas de final da Libertadores-2013.
Houvesse mata-mata dos oito melhores, este clássico de campeões deste domingo seria até um nobre amistoso.
Jemerson e Elias são sérios desfalques e o ótimo Cássio está meio baleado.
Só que Walter é tão bom quanto, se não for até melhor.
Que o apito e a canhota do careca Héber Roberto Lopes não deixem ninguém de cabelo em pé ao distribuir tanto cartão, sua especialidade.
O Brasileirão acaba neste domingo com qualquer resultado.
Mesmo perdendo, o Timão livra-se de seu único jogo realmente difícil nesta reta de chegada.
Tanto que, no sábado que vem, o Coritiba estará perdendo em Itaquera.
Coritiba que, ao lado do Vasco, Goiás e de três times de Santa Catarina, está ameaçado de morte.
Morte que, neste nobre mês da vida de Pelé, Maradona e Garrincha, nos tirou o ex-lateral Wilson Campos (jogou com Sócrates no Botafogo-SP), o ex-árbitro Nilson Cardozo Bilha e o antigo goleiro corintiano Barbosinha.
Wilson que virou Campos quando no Santos chegou o goleiro Wilson da Ponte Preta, imediatamente batizado de Wilson Quiqueto.
Nilson Cardozo Bilha foi nome marcante do apito paulista nos anos 70 e 80 e era também dentista e advogado.
E Barbosinha, o Lourival de Almeida Filho, morreu triste e esquecido aos 74 anos em São Paulo.
Nunca se conformou com as desconfianças geradas por sua atuação naquele nervoso Palmeiras 2 x 0 Corinthians no Pacaembu, em 1967.
Vindo dos juvenis do Parque São Jorge, a grande esperança corintiana para a meta tomou dois gols de falta do saudoso gaúcho Tupãzinho e foi transferido para o Atlético-PR.
Este jogo sempre mostro no "Gol, o Grande Momento do Futebol" da Band e as cobranças de Tupã me parecem perfeitas.
E, como desde 1978 na Rádio Jovem Pan, tenho feito na Rádio Bandeirantes longas e deliciosas entrevistas-memória.
Outro dia falei pela primeira vez na vida com o "bíblico" zagueiro Alex, do América-RJ.
O filho de ucranianos nascido em Hannover, na então Alemanha Ocidental, que mora hoje em Canoas-RS, anda inconformado.
Fez quase 700 jogos na carreira, nunca foi expulso e ganhou o lamentavelmente extinto "Belfort Duarte".
E quem conseguiu como ele o diploma do "Prêmio da Disciplina", também ganhou o direito de entrar gratuitamente em qualquer estádio de futebol do Brasil até o fim da vida.
Pois não é que ele foi barrado outro dia na entrada do Maracanã?
"Senhorzinho, esta carteira não vale mais nada", ouviu de um porteiro que mal olhou seu rosto.
"Mas entrei como idoso e revi o Maracanã onde, em um Fla-Flu, Ayrton Vieira de Morais, o Sansão, parou o jogo e encerrou sua carreira aos 30 minutos do segundo tempo tirando no gramado sua camisa de árbitro. E não é que por debaixo ele vestia, como homenagem, a minha camisa 3 do América?", contou quase chorando.
E é de chorar de raiva que um "fiscal" não respeite a história do futebol e o direito adquirido de um ex-atleta exemplar.
Exemplar como foi o campeão Corinthians neste Brasileirão de 2015, mesmo tão ajudado pelo apito amigo nos jogos contra o São Paulo, Avaí em Santa Catarina, Sport e Flu em Itaquera.
Foto: Placar
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