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Milton Neves

Arena Corinthians nota 10 e CBF fulmina Felipão atirando no pé!

Milton Neves

19/07/2014 10h00

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Gilmar Rinaldi não foi uma boa.

Menos por ele, um ex-empresário de Série B ou C, e mais pela má fama da atividade de "atravessador" de jogador.

Está aí sim um segmento comercial muito mal visto no meio desde a Lei Pelé, a mãe do "intermediário do passe".

Bastam uma carteirinha da FIFA e uma mesinha, um telefone e uma mocinha e pronto: o sujeito pode caçar e transacionar promessas ou realidades do futebol sem praticamente colocar a mão no bolso.

Há os espertos como Wagner Ribeiro, sempre com o ouro e os diamantes das serras peladas da bola.

Ali só entra, e muito, e nada sai.

E os bobinhos ou falsos malandros como Delcir Sonda.

Ficou muito rico vendendo comida e entrou nessa de jogador levando na testa de jogadores, de pai de jogador, de funcionários, de clubes e do empresário que o atiçou a entrar na roubada de compra e venda de atletas.

"Estreou" na área comprando 50% dos direitos de um "craque" sul-americano por um milhão e meio de dólares.

O "gênio-revelação" veio, jogou, foi mais ou menos e certo tempo depois houve a revenda para clube do mesmo país de origem, ou vizinho.

Como para a transferência os dois sócios precisavam assinar a documentação, houve logo um curto-circuito na relação.

Foi quando o gaúcho Sonda, deslumbrado, afoito e ingênuo na área, descobriu que o jogador havia custado um milhão e meio de dólares, mas no total.

Ou seja, ele pagou 100% do custo, ficou só com 50% dos direitos econômicos e seu sócio "mui amigo" investiu zero dólar e garantiu também seus 50%.

Nessa, no Neymar, no Santos, em Ganso, no São Paulo, e em tantos outros ele dançou!

Praticamente só tomou na cabeça.

Só teve lucro na venda do zagueiro Breno para a Alemanha.

Mas, "burro", não larga do que chama de "passatempo" em sua vida.

E o Gilmar Rinaldi?

Insisto que ele nunca foi empresário de ponta, mas paga e pagará pelos péssimos fluídos que exalam dos escuros escritórios e jantares em que se negociam e até se convocam jogadores no mundo do futebol.

Eu ficaria com Leonardo ou Falcão, mas deu o gaúcho Gilmar de Erechim que em sua carreira de empresário já acumulou uma derrota que muito o afeta e entristece.

Em encontro coincidente em um jantar de restaurante português em meio à Copa, Gilmar contou a mim, a Branco-94, a Éder-82, a Pedrinho e a Djalminha que não conseguiu salvar Adriano mesmo "armado" com psicólogos, médicos, conselheiros e patrocinadores.

"Ele é inajudável", disse, lamentando.

Mas, agora, que consiga salvar seu pescoço e nossa seleção, hoje no fundo da cisterna, barrenta.

E os operários lá no fundo do poço são todos do time do "Gauchobol FC".

Depois de Dunga, Mano, Felipão, Gilmar e agora Dunga, de novo, acho.

Com todos eles sempre trabalhando de bombachas.

E se o fundo do poço da seleção ainda está sendo escavado, tem obra ainda em andamento também na "Arena Corinthians".

"Arestas" restaram para serem aparadas mas nada a desabonar a fantástica obra, orgulho de "nós" corintianos.

Foi a única Arena pós-Copa do Brasil a manter o padrão FIFA no glamour, visual, vibração e beleza em jogo de times e não de seleções.

Parabéns, Fiel, a casa de vocês e só de vocês para todo o sempre, mesmo com tantos saltos orçamentais alavancados por todas as torcidas brasileiras, minimamente ou não.

Sobre o autor

Milton Neves é jornalista profissional diplomado, publicitário, empresário, apresentador esportivo de rádio e TV, pioneiro em site esportivo no Brasil, 1º âncora esportivo de mídia eletrônica do país, palestrante gratuito de Faculdades e Universidades, escrivão de polícia aposentado em classe especial, pecuarista, cafeicultor e é empresário também no ramo imobiliário.