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Milton Neves

Árbitros de países insignificantes da bola não podem apitar em Copa do Mundo

Milton Neves

14/06/2014 12h56

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O árbitro japonês Yushi Nishimura não viu nada de mais ou de menos no Brasil 3 x 1 Croácia.

Apenas ele não sabe ver, não tem culpa.

Simples assim, como andam tanto escrevendo e falando por aí.

O "simples assim" virou moda.

Mas o que deveria virar moda, além de regra fixa e imutável no mundo da bola, é a sumária eliminação de árbitros de países folclóricos do futebol.

Que eles apitem só em seus campeonatos desimportantes da Ásia, Oceania, Oriente Médio, Japão, Coreias e Ilhas Tangerinas do Sul de algum canto do mundo.

Nesses lugares o futebol até que é profissional no dinheiro, mas muito amador na importância, representatividade e condição técnica de seus clubes, seleções e árbitros.

Então que seus "mediadores" trabalhem só por lá deixando a importantíssima Copa do Mundo por conta dos árbitros de países que têm história e liderança no futebol mundial.

FIFA, FIFA, quantidade não é qualidade e homens do apito de países nanicos da bola não têm o traquejo para discernir a malandragem de gente esperta como argentinos, italianos e brasileiros como Fred hoje e Edilson Capetinha ontem.

Os Nishimuras da vida caem feito patinhos nas simulações desses experientes "macacos velhos".

Mas, evitando algo tão drástico e antipático que seria a total eliminação deles dos mundiais, que alguns sejam mantidos e escalados só como quarto árbitro ou mesário.

Para levantar as placas de substituições e do tempo complementar eles servem.

No mais, que a FIFA amplie de um para cinco o número de juízes do Brasil, Argentina, Uruguai, Portugal, Itália, Alemanha, Inglaterra, França, Espanha e uns dois da Suécia, Chile, Rússia, Colômbia, Paraguai e só.

Assim seriam evitados esses apitos desafinados e lotéricos de gente que não é do ramo.

Já não bastam as pressões naturais que as seleções da casa impõem sobre as arbitragens?

Chile – 62, Inglaterra – 66, Argentina – 78 e Coreia do Sul – 2002 e que o digam.

E será que o Brasil 2014 vai entrar na lista?

Já está entrando.

Aliás, o Brasil jamais foi prejudicado pelo apito fora de casa e já se imaginava que aqui, lá no Estádio do Apito Amigo – 1910, não haveria mesmo erros contra nós.

E aconteceram três a nosso favor como a não expulsão de Neymar, o pênalti Mandrake e a não falta no segundo gol da Croácia.

Sei lá, mas, ajudado o Brasil como foi na quinta-feira, "deu na cara".

Yushi Nishimura não deve apitar mais nada nesta Copa e nem nunca mais em Mundiais.

E que Felipão melhore nosso time depois dessa vitória que caiu do céu do Sol Nascente.

Julio Cesar, mãos de alface, rúcula, repolho, espinafre, couve e almeirão, parece perdido por baixo e trágico por cima, Paulinho desaprendeu e só faz número, Hulk foi um Jorge Preá piorado quinta-feira e Fred um invisível visto só pelos olhares apertados de Nishimura.

Mas Neymar, nascido com a nuca virada prá lua, sempre resolve, Oscar calou a boca de todo o mundo que o queria fora e Luis Gustavo, o moço de Pindamonhangaba, honrou com suas pernas finas e longas o conterrâneo João do Pulo.

Luis Gustavo é aquilo que os ingleses chamam de "The Invisible Wall", o muro invisível.

Ninguém o vê, ninguém o nota, mas ele desarma, arma, defende, cobre e lidera, mansa e silenciosamente.

E Fred?

Bem, Fred é aquilo de sempre: com ele o Brasil joga com 10.

Ou ele faz gol ou não faz nada.

Na estreia fez nada.

Merecia cartão amarelo por simulação como ainda merece punição retroativa da FIFA por "antijogo moral".

E xô apitadores de terras distantes do mundo que mal sabem que a bola é redonda!

Sobre o autor

Milton Neves é jornalista profissional diplomado, publicitário, empresário, apresentador esportivo de rádio e TV, pioneiro em site esportivo no Brasil, 1º âncora esportivo de mídia eletrônica do país, palestrante gratuito de Faculdades e Universidades, escrivão de polícia aposentado em classe especial, pecuarista, cafeicultor e é empresário também no ramo imobiliário.