Diferença entre notícia e fofoca
Por Fábio Lucas Neves
No Twitter: @fabiolucasneves
Não tenho vocação para trabalhar no "jornalismo de celebridades".
Entendo que a vida dos outros pertence… aos outros (óbvio, não?).
Por isso, mantenho uma distância regulamentar de programas como BBB ou Casa dos Artistas.
A minha curiosidade sobre o que acontece no cotidiano de pessoas que não conheço sequer chegou ao muro ao lado.
Moro na mesma casa há sete anos e não sei o nome dos vizinhos, embora os ouça discutir de vez em quando.
Nunca soube exatamente o porquê.
Tenho aversão à fofoca, mesmo que o "tititi" envolva figuras públicas.
É o caso do atacante Kleber, do Grêmio, acusado pela mulher de agressão, em Porto Alegre.
Evidentemente, por se tratar de uma figura conhecida, o vazamento do Boletim de Ocorrência feito pela esposa do jogador precisava ganhar as manchetes.
Inclusive as esportivas.
Não se pode ignorar uma notícia, fato.
No entanto, considero sensacionalismo criar um debate sobre o tema em espaços (supostamente) dedicados ao futebol.
A opinião de um jornalista esportivo sobre a vida particular de um atleta é totalmente descartável.
A análise deve ser limitada ao que acontece dentro de campo.
Problemas pessoais só merecem ser citados – sem detalhes, "por cima" – quando justificam uma queda brusca de rendimento, a exemplo de Elano, do Santos.
No caso de Kleber, a crise familiar não interferiu no rendimento dele.
O "Gladiador" teve uma atuação dentro da média no Gre-Nal – mostrou a raça de sempre, além de técnica limitada.
E só.
Mas ele bateu na mulher? Foi grave? É um covarde? Trata-se de jogo de cena? O atacante é infiel? Haverá separação?
Questões que pertencem ao casal, que se resolva em paz.
Definitivamente, odeio fofoca.
Notas
– Gremistas ficaram possessos com a divulgação do B.O. contra Kleber horas antes do clássico.
– Oras, desde quando notícia tem agenda?
– O aumento da pressão sobre Caio Júnior no estádio Olímpico é patético.
– Trata-se de um técnico competente, identificado com o clube, capaz de fazer o bom elenco tricolor deslanchar.
– Para isso, Caio Júnior terá que afastar a eterna "aura de interino" que o acompanha para se impor, apesar da cara e fama de bonzinho.
– Aliás, no futebol, muitos confundem educação com fraqueza.
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