Felipão: homem bom e ingrato!
Fiz aqui e em Placar há mais de um mês artigo envolvendo "o Passarinho de Felipão".
Belíssimo texto "premiado" no "Festival Internacional da TV Piratininga da Mongólia"!
Dentre outras coisas, escrevi sobre a fratura exposta da honra que o treinador tão vitorioso, mas em tão longa e horrorosa fase, praticou contra um fotógrafo da Folha.
Ele "só" mandou o profissional fotografar o pau dele.
Pode?
E teve coleguinha que achou engraçado.
Incoerente azarado crônico então…
Já Luiz Ademar, presidente da Aceesp, fora de suas funções, portou-se como um assessor do assessor e delirou criando situação e nome fora do contexto. Ele também teve momento de "assessorado pela truculência da falta de sensibilidade do treinador ao agredir o repórter da Folha com a língua".
Fosse o patrulhado Luxemburgo teria sido decapitado em praça publica.
E quinta-feira recebo do Rio telefonema de Sérgio Xavier, o melhor diretor de redação que Placar já teve.
Avisando que Felipão – em texto claramente não de seu punho – havia enviado uma carta rebatendo meu artigo, parcialmente.
Nela, nem uma mísera linha a respeito do que escrevi sobre o que Kléber pensava e pensa de Felipão.
E escrevi aquilo mais de um mês ANTES do polêmico atacante ter detonado o atualmente péssimo treinador do Palmeiras na TV.
Omissos! Parciais!
Quem escreveu e quem assinou!
E disseram mais: no Chelsea Felipão "não fracassou", pois teve 62% de aproveitamento.
Ora, percentual pífio para uma seleção daquelas e a demissão milionária caiu de maduro.
Por lá sobraram e sobram convites de clubes e seleções, digamos, de Série B, para Felipão.
E se lá "o pior técnico estrangeiro da Inglaterra" teve 62% de índice positivo, no Palmeiras o aproveitamento dele é de … 0%!
Sim, 0,0%!
Ou seria de menos 10 ou 15%?
São 18 meses de perdas, derrotas, eliminações e não classificações EM TUDO!
O treinador Adilson Lazaroni Simões Leão Benazzi Chamusca teria feito mais.
Mas o pior foi a negativa sobre a verdade de como Felipão foi para a seleção em 2001.
Nosso técnico heroi de 2002 demorou quase 11 anos para sair da toca e o fez pessimamente escrevendo bobagem, inverdade.
Que continuasse quieto, omisso, calado e fechado em sua imensa ingratidão.
Coloquei Felipão na Seleção Brasileira no lugar de Leão em 2001 involuntariamente ou voluntariamente.
Saibam como ouvindo Ricardo Teixeira ao acessar o áudio abaixo:
Milton Neves responde ao técnico do Palmeiras by TerceiroTempo
Após a ligação de Ricardo Teixeira a mim na tarde de 10 de junho de 2001, nos estúdios da Jovem Pan (o repórter Freddy Júnior atendeu o meu celular), quando lá eu dormia em três cadeiras enfileiradas, optei por Felipão respondendo a "enquete" do presidente.
O voto desempatou a "briga" com Luxemburgo, então meu desafeto.
Ganhou Felipão, o técnico que eu e o Brasil queríamos.
Graças a Deus!
Felipão, o homem que me emplacou na TV ao lado de Zagallo!
Mas Ricardo Teixeira pediu mais.
"Convide-o, consulte-o, soube que vocês se dão bem"!
Após o Terceiro Tempo da Rádio Jovem Pan fui para a Band fazer o conceitual e vitorioso SuperTécnico.
De meu camarim, ao lado da colega Helô Campanholo, tentei falar com Felipão em Belo Horizonte.
O número não bateu.
Helô então, ligou para o assessor de Felipão, figura fixa ao lado do patrão nos bastidores do SuperTécnico, inclusive levando para o carro do treinador as caixas de ferramentas Bosch que os treinadores ganhavam.
Nos bastidores do programa SuperTécnico, o assessor de imprensa e ex-jornalista Acaz Fellegger, Felipão, Nereide Nogueira, Hélio Sileman e Milton Neves
Enciumado, o moço não quis dar o número "secreto" porque eu não podia saber.
Exigiu, enquanto já tomava banho, que Helô ligasse de seu celular e me passasse o aparelho sem que eu visse o número.
Nem dava, estava pelado, saindo do banho e o "convidei" do camarim que dividia com José Nello Marques, Silvio Luiz, Fernando Vanucci e Zé Paulo de Andrade.
Felipão relutou, resmungou, duvidando de tamanho milagre pelas mãos de "um santo sem autoridade".
Na terceira e natural refugada de incredulidade dele, disse "então tá bom, você não quer, vou trocar de roupa, fazer o programa e avisar o cara no Rio que você não quer e aí vai o Luxemburgo".
Aí, Felipão sentiu firmeza, viu que era sério e ficamos de falar após o programa, mas com ele já ficando com o número do Ricardo Teixeira e de um assessor dele, no Rio.
Mas já no meio do SuperTécnico, um aflito Felipão ligou de Belo Horizonte, repetindo a ligação após o programa e eu disse que só tinha o número que, segundo ele, não atendia.
Fomos falando, eu a bordo de minha Ford Explorer-94, até meu prédio no Campo Belo.
Lá, a ligação de meu então celular 011-9101-9150 caiu ao entrar na garagem.
Subindo, liguei pelo 011-5049-2651 para Belo Horizonte e tranquilizei Felipão: "o técnico só não será você se não quiser e que logo Ricardo Teixeira acabará por achá-lo ou você o achará".
Na 2ª feira, 11 de junho e 2001, defronte ao Detran no Ibirapuera, entre 10 ou 11 horas da manhã, recebo nova ligação de Felipão: "nada até agora", exclamou.
Lá pelo meio-dia e meia, nos estúdios da Jovem Pan, novo contato com Felipão e com CBF e treinador ainda longe de um "cara a cara" ou "ouvido e ouvido".
Do estúdio, liguei para Amir Michel Faha – hoje morando em Piratininga/SP -, conhecido de Ricardo Teixeira e de Felipão, relatei o que estava havendo e ele disse: "isso é fácil"!
Na história deve ter havido algum celular desligado de lado a lado, além de coisas do imponderável.
Mas, depois do hábil Amir Faha na parada, CBF e Felipão "se viram", houve o acerto e o Brasil foi penta, graças a Deus.
E graças ao Felipão que inventou Kléberson, acreditou em Ronaldo e ganhou tudo e todas, emocionou o país e entrou para a história sem nunca ter tido uma só suspeita de convocação de jogador "por interesse".
Como Dunga, Felipão é um homem reto.
E eu fiquei feliz e sempre ficarei orgulhoso do bem que prestei ao país e ao futebol do Brasil.
Nunca R$ 10,90 que paguei ("emprestados", acreditem!) na 2ª feira pelo jornalista Mário Quaranta à querida Heloína Helô Campanholo foram tão bem aplicados.
Os R$ 10,90, o custo da ligação para Belo Horizonte, que se transformaram, pelas mãos de Felipão, em trilhões de dólares na forma de alegria e de orgulho para o povo do Brasil para todo o sempre.
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