Exclusivo: Irmã de Zé Elias dá a primeira entrevista concedida pela Família Moedim após a redução da sentença do ex-jogador do Corinthians
A Justiça de São Paulo reduziu o valor de R$ 25 mil da pensão alimentícia de Zé Elias. De acordo com a decisão da juíza Graciella Salzman, da Comarca de Barueri, publicada no Diário de Justiça Eletrônico desta terça-feira, o ex-jogador do Corinthians terá que pagar, agora, o equivalente a um salário mínimo para cada um de seus dois filhos tidos com a ex-mulher Silvia Regina Corrêa de Castro.
O caso ganhou repercussão com a entrevista realizada pelo jornalista Milton Neves em 2003 com a família Moedim e reapresentada no último domingo pela Rádio Bandeirantes. Confira, abaixo, a entrevista exclusiva concedida pela irmã de Zé Elias, Lúcia Moedim, ao repórter Chico Santo, do Terceiro Tempo, instantes após a decisão da juíza Graciella Salzman.
Decisão:
"Meu marido acabou de me ligar e ele me deu a notícia. Fiquei sabendo agora. A pensão foi reduzida para um salário mínimo cada. Ele vai ter que cumprir os 30 dias de cadeia.Vai passar o Dia dos Pais lá".
Encontro com Zé:
"Estive na cadeia algumas vezes, só para deixar os pertences e alguns alimentos como fruta, pão e manteiga. Não entrei na cela. Mas, pelo que sei, pelo que tenho acompanhado pela mídia, posso dizer que ele está abalado, porém, forte."
Cela:
"Está com outros presos que apresentam o mesmo caso de pensão. A delegacia é só para presos que deixaram de pagar a pensão."
Crise Familiar:
"Eu não falo com meu irmão de 2006 pra cá. Ele falava com meu pai, algumas vezes. Estava há um ano sem conversar com o Rubinho porque ele parou de ver as crianças por causa da situação atual e o Rubinho não aceita isso. Já tem um ano que ele não vê os filhos."
A notícia da prisão:
"Na primeira semana foi um choque. Quatro dias depois foi meu aniversário. Estou sem falar com o meu irmão por causa das escolhas dele. Ele está fazendo a coisa errada. Foi bem maçante. O desgaste foi muito grande. Fiquei 3 dias sem dormir."
A histórica entrevista de 2003:
"Quando ouvi a matéria, passou um filme na minha cabeça. O que o Milton Neves falou me emocionou muito. Comecei a chorar. Gosto muito dele e o acompanho desde que meu irmão começou a jogar. É um hábito da minha vida. Tenho muito carinho pelo Milton Neves. A matéria deu uma repercussão muito grande. Lembrei do dia quando ele estava na Alemanha e que meu pai foi fazer o contrato. Lembro exatamente como se fosse hoje, algumas semanas antes dele vir para casa. Essa entrevista, na época, repercutiu bastante. Repercutiu muito no meu trabalho e com os meus amigos. As pessoas mais próximas sabiam da situação. Meu pai sempre foi muito ausente com os filhos. Na época meu irmão estava sem falar com ele. Aquelas coisas de família que todo mundo tem. Passa um filme na cabeça. A gente já tinha uma relação superficial com o Zé e a ex-mulher. A gente não tinha vinculo com as crianças."
O relacionamento com os pais:
"Tudo o que pai e mãe fala, lá para frente, vai ter suas conseqüências. Eu fiquei bastante desgastada. Quando o Zé começou a namorar dava para saber que isso iria acontecer. Do namoro para o casamento foi muito rápido. Não era novidade que esse dia chegaria."
O irmão Rubinho:
"O Rubinho não está nada bem com a situação. Chorou porque não conseguiu falar com o Zé. Pra família está sendo super desgastante. Mas a gente sabia que isso ia acontecer porque já começou errado. Ficamos todos abalados. A situação é deprimente. Não tive contato direto com a cela. Não dá pra ver. Mas é triste. Jamais imaginei que meu irmão fosse estar na cadeia."
O lado pessoal de Zé Elias:
"O Zé sempre foi muito bom. Tanto que a profissão que tenho, meu irmão que me deu. Meu pai era um assalariado que ganhava menos de R$ 1000,00 reais por mês. O Zé pagou minha faculdade. Mandou eu parar de trabalhar para estudar. Fiz enfermagem graças ao meu irmão. O Rubinho teve o privilegio de ir para o Corinthians de carro, quando estava começando. Eu o levava. Não teve as mesmas dificuldades. Eu, com 13 anos, tinha que me virar para ajudar em casa, como acontece em uma família normal, de classe baixa."
A fama:
"O Zé, simplesmente, não teve mais contato com a família. Minha mãe ficou 7 anos em tratamento com uma psiquiatra. Como meus pais não tinham dinheiro, ela passava com a Dra. Sonia, com medicação pesada, fazendo terapia de graça. O Zé infelizmente, quando saiu de casa, esqueceu da gente. Os valores mudaram, nunca mais foi a mesma pessoa. Muita gente aproveitou a bondade dele porque ele é muito generoso."
O dinheiro de Zé Elias:
"Muito do dinheiro dele está com a ex-mulher. Ele deu pra ela na separação. Pelo pouco que eu sei."
O futuro de Zé Elias:
"O Zé precisa rever os valores dele. Ele é uma pessoa muito boa. Estou levando essas pequenas necessidades, como fruta, com o maior amor do mundo, como se nada tivesse acontecido. Ele vai ser sempre o meu irmão. Eu só espero que esse tempo que ele está na cadeia, sirva para que Deus toque no coração dele e o faça reavaliar muitas das atitudes que ele teve. Gostaria que ele voltasse a ser o menino que ele é. Simplesmente perdeu o vinculo com todo mundo. Com a família, irmãos, tios e vizinhos. Ele acabou perdendo contato."
O repórter Chico Santo, do Terceiro Tempo, entrou em contato com a ex-mulher do jogador Zé Elias, Silvia Regina Corrêa de Castro. O telefone estava desligado.
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A matéria abaixo foi publicada em o2 de agosto de 2011 às 13h16.
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O drama familiar de Zé Elias não começou agora!
Conheço relativamente bem os Moedins.
Ontem, na Rádio Bandeirantes, coloquei no ar 24 dos 76 minutos de entrevista feita por mim em agosto de 2003 na Rádio Jovem Pan AM com toda a família Moedim.
A entrevista – inteira -, produzida pelo jornalista Weber Lima, está aqui disponibilizada.
Todos sabem do drama atual com o bom Zé da Fiel, preso em São Paulo.
Mas, tendo paciência, se ouvir TODA a entrevista, você terá uma noção completa de uma situação familiar criada à época que acabou culminando com essa dolorosa prisão.
Sempre destacando que em brigas familiares ninguém tem razão em 100% ou em 0%, peço sua atenção em ouvir um trabalho retrospectivo que ilumina ilações atuais e sinalizava já em 2003 um desfecho não agradável e até previsível.
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Mensagem enviada por Lucia Cristina Moedim Esperante Gomes, irmã de Zé Elias, ao Terceiro Tempo:
"Filho não escuta a mãe"
"Infelizmente há 11 anos, meu irmão não escutou o que meus Pais lhe disseram ao querer casar em menos de 6 meses e; sem Contrato antinupcional? Pergunto á todos os Pais que tenham filha adolescente, vocês deixariam uma menina de 17 anos se casar em menos de 6 meses, apenas porque este homem `menino era jogador de futebol? Pois, é,agora meu irmão está colhendo os frutos de suas escolhas. Jogador não aprende , quem gosta dêles é Pai, Mãe, Irmãos, família de verdade , e os amigos que tinha nas épocas magras. Esta e todas as outras mulheres que estão, ou estarão um dia ao seu lado é por causa do Cifrão , como meu próprio irmão dizia."
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Atenção: A reportagem do Terceiro Tempo está tentando localizar a ex-mulher do jogador Zé Elias. Caso alguém a conheça, favor enviar os contatos para chicosanto@terceirotempo.com.br
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